- Área: 235 m²
- Ano: 2017
-
Fotografias:Stéphane Groleau
-
Fabricantes: AutoDesk, Groupe concept PV, Prevost, Soprema, Trimble
Descrição enviada pela equipe de projeto. Um olhar contemporâneo para um parque florestal de longa data. O nome Opeongo deriva da palavra Anishnaabe opeauwingauk (estreitos arenosos); e refere-se aos povos indígenas do Canadá e seu profundo amor pela natureza. O Pavilhão Opeongo está localizado no Parc du Mont-Orford, uma verdadeira joia em meio a lagos, montanhas e florestas, a uma hora de carro de Montreal. O parque é administrado pela SÉPAQ (Sociedade de Estudos da Cidade do Québec), responsável pela extensa rede de parques do Québec.
No início de 2010, a SÉPAQ passou por grandes mudanças, favorecendo as abordagens contemporâneas, e não tradicionais, para seus novos edifícios. Várias empresas foram contratadas, entre elas a empresa de arquitetura Anne Carrier, encarregada de projetar três novos prédios de serviço para o Parc du Mont-Orford: Le Bonnallie, Opeongo e Le Cerisier. Criar uma assinatura arquitetônica distinta para o parque foi um desafio emocionante para a equipe de arquitetura. No entanto, eles precisariam conquistar os usuários acostumados aos tradicionais centros de visitantes em estilo de chalé.
O Centro de Serviços Opeongo, próximo ao Lago Fraser, serve nadadores e entusiastas de esportes aquáticos. Ele substitui uma instalação que sofreu um incêndio em 2016. O edifício de 230 metros quadrados compreende três estruturas distintas. O espaço principal transparente inclui uma área de recepção que se expande para um pátio externo com vista para o lago. A segunda estrutura é aberta sazonalmente e serve principalmente para armazenamento de equipamentos para esportes aquáticos; também é onde os aluguéis podem ser organizados e onde estão os vestiários. A terceira estrutura é direcionada às atividades de praia, com banheiros e posto de primeiros socorros.
A forma e a localização do pavilhão resultaram de um estudo cuidadoso do local e das atividades que ocorrem dentro e ao redor dele. Outra consideração importante foi o acesso direto às vistas do lago. De acordo com os desejos da SÉPAQ, a madeira deveria ser usada em todos os lugares, e isso ajudou o pavilhão a se encaixar no ambiente natural. Uma cobertura delgada conecta as estruturas, protegendo os usuários do sol direto e das intempéries. As aberturas são indicadas pela madeira de cedro, contribuindo para uma leitura coerente do edifício.
"Sempre que temos a oportunidade de projetar um edifício em ambientes naturais usamos os recursos do terreno como nossas principais fontes de inspiração", diz a arquiteta Anne Carrier. No Parc du Mont Orford, sua equipe optou pela madeira natural como elemento estrutural e como revestimento interno e externo.
O estrado de madeira estrutural foi escolhido por sua espessura e capacidade de carga, permitindo que os arquitetos modulassem os telhados em relação às linhas de visão e à exposição ao sol. O revestimento de cedro escuro foi usado principalmente como proteção para chuva e para ventilar os edifícios sazonais. Texturas, tons e variações de madeira transformam o pavilhão ao longo do dia. À noite, o revestimento espaçado faz com a área central pareça brilhar.
O Centro de Serviços Opeongo ganhou um prêmio de excelência da Cecobois em 2019. Um comentário do júri descreveu adequadamente as intenções do projeto: “Com suas saliências generosas, suas colunas cuidadosamente projetadas, tanto externa quanto internamente - onde são protegidas por uma parede de vidro - a durabilidade dos elementos estruturais e revestimento de madeira não deixam dúvida. Além de demonstrar os esforços significativos dos arquitetos para alcançar a sustentabilidade, o projeto é notável por seu teto com pouca espessura e incrivelmente elegante”.