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Arquitetos: Francisco Pardo Arquitecto
- Área: 36 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Jaime Navarro
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Fabricantes: Adobe, AutoDesk, Trimble Navigation
Descrição enviada pela equipe de projeto. O INFONAVIT, através do Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento Sustentável (CIDS), iniciou o projeto de pesquisa "Do território ao Habitante" que busca melhorar a qualidade das residências de autoconstrução assistida financiadas pelo Instituto.
Este projeto contém 84 propostas experimentais para residências rurais e autoconstrução assistida, projetadas por 84 escritórios de arquitetura diferentes. Trata-se de um estudo preciso e rigoroso do território e cada proposta apresentada proporciona uma solução a um problema de residência e cujo contexto, o território existente, foi sempre definidor da problemática. Este programa motivou a criação de um Laboratório de Residências em Apan, Hidalgo, onde foram construídos 32 protótipos residenciais com o objetivo de estudar a habitação social e sua relação com a região como base para planejar e desenvolver soluções.
Este protótipo foi pensado para ser desenvolvido em diversas áreas rurais do município de Panotla, no estado de Tlaxcala. Um sistema é composto por partes, duas ou mais. É um conjunto ordenado de normas e procedimentos que regulam o funcionamento de um grupo ou coletividade. Por meio de um conjunto de regras ou princípios, criam-se relações entre essas partes.
Nesta proposta, desenhamos dois elementos principais que compõem as regras de parcelamento: em primeiro lugar, um sistema que delimita o lote com oito juncos de madeira da região, cada um com 3 metros, formando uma circunferência de 8 metros de diâmetro auto-portante que envolve 50 m2 de uso privativo, a parte que receberá a residência, agricultura ou pecuária. Em segundo lugar, uma estrutura de bloco, que em seu programa base de 18 m2, conta com uma pequena cozinha, banheiro e espaço livre que pode ser utilizado como dormitório. Na parte de cima, um espaço livre com dispensa para armazenar colheita ou materiais, cujo espaço pode crescer posteriormente como parte da casa, chegando a até 36 m2.
As divisões, seguindo as regras de organização do sistema, vão se ampliando, assim como as estruturas, gerando mais área privada entre elas, áreas comuns, a auto-regulação da comunidade vai desenhando os espaços intermediários entre lotes privados para criar um programa social e coletivo.