- Área: 750 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Filippo Bamberghi
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Fabricantes: Belas Artes, Legno, Lumisystem, Marcenaria Plancus, P4 Vidros, Palimanan, Vectorworks
Descrição enviada pela equipe de projeto. Quem atravessa a porta de entrada desta casa, se depara com uma grande caixa em madeira Cabreúva a qual o arquiteto Dado Castello Branco define como o “coração da casa”. Foi a partir dessa caixa de madeira que os ambientes sociais se distribuíram em espaços integrados.
A construção erguida em um terreno de 1.200 m² no Jardim Paulistano, em São Paulo, resultou na residência de 750 m² que privilegiasse o convívio familiar do casal com seus quatro filhos. No piso térreo, o projeto explorou os ambientes amplos, abertos uns para os outros e posicionados de forma que as pessoas pudessem ver, de qualquer ponto, o jardim e os cantos verdes.
O arquiteto desenhou o volume de cabreúva no centro da planta, com base nele dispôs os ambientes: à esquerda do hall de entrada, fica o home theater e, atrás dele, a cozinha e a copa. Do lado direito da caixa foram estabelecidos o grande living integrado à varanda e o escritório anexo. E atrás do volume fica a generosa sala de jantar com mesa de 3,5 m assinada por Jorge Zalszupin (anos 50). Ele projetou a casa toda aberta para que ela fosse vista em perspectiva.
O verde surge por todos os lados, legitimando as aberturas de vidro do piso ao teto e as portas de correr, no lugar de janelas convencionais. À noite, a iluminação oferece uma atmosfera suave e aconchegante vinda de spots embutidos no forro e dos abajures em pontos estratégicos. O recurso inclui também a varanda, pensada em fazer crescer o living quando abrem as portas, e também a cozinha, muito usada pelos moradores, tanto que anexo a ela, há um pequeno jardim com mesa para refeições.
Característica marcante do estilo de Dado, os tons suaves se evidenciam nos revestimentos, a exemplo da pedra madeira nas paredes da varanda e na fachada, do travertino navona em todo o piso do térreo e da madeira de demolição do piso das cinco suítes e da sala íntima do casal, material que aparece ainda nos móveis. Esses acabamentos criam o pano de fundo para os ambientes decorados com peças do acervo dos proprietários. A pitada de ousadia no mobiliário cabe ao vibrante amarelo que reveste as poltronas dos anos 1950.
A receita de apoiar o projeto em uma base monocromática se molda perfeitamente à proposta de mimetizar a casa ao entorno verdejante, fazendo com que o olhar não consiga delimitar o que está dentro e o que está fora. O resultado traz a sensação de se estar ligado à natureza o tempo todo.