- Área: 370 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Gustavo Xavier
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Fabricantes: Alggar Marcenaria, Leandro Caram, Serralheria Jesuína, Vidrex
Descrição enviada pela equipe de projeto. A sede da Juris Correspondente em Belo Horizonte está localizada no topo de um edifício antigo na área central de Belo Horizonte e possui uma espetacular vista 360º da cidade. Do alto deste edifício, sua posição privilegiada permite avistar vários pontos importantes da cidade, como a Serra do Curral, o Parque Municipal, o Centro da Cidade com seus grafites nas empenas cegas, o bairro Santa Tereza, além de edifícios pós-modernos emblemáticos.
O programa do projeto consiste basicamente em três espaços principais: Uma grande sala de trabalho, uma sala de reuniões e os terraços. A sala de trabalho é composta por uma única mesa coletiva ameboide, que representa a sinergia de trabalho. O piso roxo feito em pintura epóxi é um dos principais elementos que dá personalidade ao escritório, e faz referência ao logotipo da marca. No teto foi criado um “forro” em cabos de aço, que expressa a alma da empresa que é “uma rede de conexões de advogados” e tem a função de flexibilizar a infraestrutura elétrica e fixar as diversas plantas que ficam espalhadas pelo espaço. E para que se possa escrever nas paredes, todas elas foram revestidas com lousa branca.
A sala de reuniões foi construída em uma das extremidades do terraço e possui uma visão panorâmica de BH. A mesa também segue a mesma linha orgânica da mesa da sala de trabalho. O piso foi executado em deck de madeira facilitando a drenagem pluvial. Junto à janela desta sala há uma jardineira onde foi criada uma horta com diversos tipos de temperos.
Os terraços são os espaços que dão maior identidade ao lugar. Estas áreas, que circundam todo o escritório, foram ocupadas como espaços abertos de descompressão. A maioria dos materiais originais foram mantidos, sendo acrescentados o mobiliário feito de deck de madeira e os diversos vasos com árvores frutíferas. Os volumes de aço na cor magenta são a copa e seus apoios. Foi criado também uma rede de tecidos presos em cabos de aço, para gerar sombras e tornar o ambiente agradável ao uso em dias de sol. Foi muito interessante ver a apropriação desses espaços pelos funcionários, que fazem questão de almoçar na empresa, confraternizar e fazer reuniões informais.
Por fim, o projeto de arquitetura do Júris demostra ser possível que o ambiente empresarial seja descolado, “cool”, valorize os empregados, aumente a produtividade criativa e que por outro lado mantenha a seriedade, sem infantilizações.