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Arquitetos: Giuliano Marchiorato Arquitetos
- Área: 1000 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Eduardo Macarios
Descrição enviada pela equipe de projeto. Fruto de uma vencida concorrência entre escritórios de Arquitetura, o arquiteto Giuliano Marchiorato, presenteia Curitiba com o novo Edifício Jupter. O projeto de retrofit de um prédio de 1000 m², localizado na Rua General Carneiro, ao redor de prédios que em sua maioria são dos anos 80/90, chama atenção por sua arquitetura contemporânea e singular.
O edifício cumpre seu papel com o planejamento urbano, não somente por valorizar o espaço público de diversas formas, como também por mudar o uso e tipologia das construções circundantes, atraindo melhorias para a região. O projeto de arquitetura foi desenvolvido para um público voltado à tecnologia e inovação, as famosas startups. O arquiteto Giuliano Marchiorato acredita que para incentivar a criatividade, o ambiente precisa ser inspirador, por isso o prédio é tão inovador.
A começar pela fachada, os containers foram pintados com tinta florescente que brilham no escuro e aguçam os olhos de quem passa. É possível observar o contraste das linhas retas com as películas de vidro, que remetem a algo lúdico. A ideia do arquiteto era que a fachada fosse viva e convidasse as pessoas a entrar no edifício. O subsolo foi criado para destinar uma Garagem Fab-Lab, constituindo uma fábrica/laboratório de peças em 3D, instigando a criatividade e inovação nesse segmento. No primeiro andar, logo na entrada, contempla um espaço para Café, com uma área externa da fachada principal, onde os clientes e os trabalhadores podem usufruir. Possui também, um coworking orgânico com espaços de trabalho.
O segundo andar é destinado para o trabalho coletivo, onde está estrategicamente locada a academia, na parte da fachada, para quem estiver se exercitando poder contemplar a paisagem da região central de Curitiba. Ainda, contem vestiários para que seus usuários possam até mesmo se banhar. Ainda neste piso, foi criado um pátio nominado de ‘’Praia Urbana’’ para que os trabalhadores possam ter um local para descansar, se relacionar e trabalhar ao ar livre. Um espaço hibrido que pode ser usado como cinema ao ar livre, espaço de festa e networking.
Com inspiração na arquitetura de Barragan, arquiteto latino que usava cores fortes e linhas retas em seus projetos, a ‘’Praia Urbana’’ possui um piso alaranjado e aproveita também a estrutura do prédio a seu favor, usando as vigas invertidas do andar inferior como bancos e espaço de descanso. Ao lado da ‘’Praia Urbana’’ existe um anexo do edifício que foi projetado para contemplar uma cozinha comunitária para os usuários do edifício, seguindo as ideias dos escritórios modelos de grandes empresas, visando um conforto e melhorando a interação das pessoas.
O terceiro andar, contempla espaços de trabalhos e salas de reuniões mais privativas, respeitando um conceito de estrutura organizacional que visa relacionar o público-privado em escalas de privacidade verticalmente. Quanto aos banheiros, foram inspirados na vida urbana contemporânea, utilizando cerâmicas de estações de metrô, e materiais modernos como o Corian mesclado em linhas, com acabamentos e cores diferentes em cada andar.
Os espaços internos remetem as ‘’leis’’ da arquitetura moderna, visto que possui toda a estrutura aparente, incluindo os projetos de Elétrica, Ar condicionado que são aéreos e aparente, facilitando a manutenção e dando um ar industrial para o local. As tomadas vêm diretamente das canaletas no teto, possibilitando uma planta livre para layouts de mesas, podendo ser utilizadas de diversas formas. Todos os andares foram pensados para que o edifício se adapte aos usuários contemporâneos, que se transformam a cada dia. Giuliano Marchiorato acrescenta que "Como arquiteto e urbanista, acredito que temos a obrigação de fazer uma arquitetura que seja aquém com a contemporaneidade e modernidade que vivemos, assim, temos uma dívida com a arquitetura de inspirar e acolher as pessoas, visando a melhoria da cidade."
O Edifício Jupter nasce agora e almeja se desenvolver junto à cidade, com a pretensão de que seja uma inspiração para outros edifícios e arquitetos, e o objetivo de utilizar cada vez mais a arquitetura contemporânea em Curitiba e até mesmo no Brasil. Cabe destacar, que a Arquitetura Contemporânea não é sinônimo de maiores gastos. Muitas vezes com uma arquitetura nova, com soluções inovadoras e pensamentos modernos é possível reduzir o custo da obra com alternativas mais sustentáveis.