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Arquitetos: Takeru Shoji Architects
- Área: 163 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Koji Fujii | Nacasa & Partners
Descrição enviada pela equipe de projeto. O terreno está localizado na cidade de Akiba, Japão. Projetamos um lugar que é mais do que apenas uma clínica odontológica, é um spa, uma livraria e um lugar para passar um tempo agradável. Uma clínica odontológica típica não é um lugar para ficar, no entanto, essa clínica dentária incentiva os pacientes a comparecerem mais do que apenas à consulta, pois oferece maneiras divertidas de passar o tempo antes e depois da consulta. Todos os ocupantes da clínica são incentivados a passar o tempo 'como bem entenderem' na livraria ou spa. Isso abre caminho para um novo tipo de clínica odontológica, que é "um lugar para ficar", "voltar sempre" e gastar tempo confortavelmente.
O edifício é uma estrutura de madeira de dois pavimentos, onde o primeiro é o espaço da clínica e o segundo é destinado à equipe. O primeiro abriga a esterilização, raio-X, armazenamento de prontuários médicos e banheiro no centro do edifício atuando como o núcleo. As paredes perimetrais são totalmente de vidro, e um terraço conectando a sala de exames e a área de espera estende essa forma construída para fora. Além disso, um jardim circunda o prédio por todos os lados.
Um grande coramento é posicionado no topo do edifício. Gerado a partir desse tipo de forma construída, um território vago entre o interior e o exterior protege o edifício da neve, chuva, radiação solar no verão e dos ventos do noroeste que sopram desde a montanha Yahiko. Esse espaço tem uma qualidade rara de proporcionar privacidade às pessoas nas salas de espera e exames, permitindo-lhes desfrutar livremente das quatro estações do ano.
Assim, esse projeto procura criar uma clínica:
1. Que sente a mudança do tempo e das estações;
2. Onde a experiência de espera dos pacientes parece o tempo gasto em um parque, com um bom livro e assentos confortáveis;
3. Onde há o desfoque da fronteira entre o interior e o exterior utilizando o mesmo material do piso do deck na parte interna e usando as grandes aberturas como elementos de transição entre o interior construído e o ambiente natural externo;
4. Que fornece um espaço externo protegido onde os pacientes possam se despreocupar, desfrutar da natureza, luz do sol e chuva;
5. Que atrai encontros casuais entre as pessoas que andam pelo local e os usuários do edifício;
6. Que cria um espaço semelhante à sala de estar, onde as pessoas, no meio da caminhada, possam parar e sentar no sofá, ler um livro ou aguardar a consulta.
Enquanto atravessam as árvores, os arcos e sob o "chapéu", é possível conhecer pessoas diferentes, cada uma aproveitando o espaço de maneira distinta, o tempo todo cercado por uma brisa agradável e pelo som de crianças brincando.