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Arquitetos: Claudia Rueda, John González, Juan García Correa
- Área: 4122 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Carlos Amador
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Fabricantes: Hunter Douglas, Alfa, Aluminios de occidente, Argos, Muma, Otis, Preconcreto, Toxement, Vitelsa
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Edifício S1 foi projetado a partir de dois objetivos principais: consolidar os laboratórios e escritórios de Engenharia Elétrica e Eletrônica, e resolver os problemas de mobilidade no interior do Campus de acordo com as diretrizes do Plano Diretor do Campus La Nubia.
Implantação
O edifício se adapta à topografia simulando uma inclinação suave, com o objetivo de responder à divisão do campus, graças à existência de um talude marcante que se apresenta como uma barreira interna. O volume escalonado se integra ao contexto de forma sutil e coerente, procurando gerar novas relações espaciais.
Com o objetivo de melhorar a mobilidade no interior do campus, se propõe um edifício com coberturas transitáveis, uma topografia artificial que faz referência à paisagem natural de Manizales e permite o prolongamento do parque sobre o edifício, somado a isso, com seu sistema de pontes, rampas e escadas, se atinge continuidade e conexões mais eficientes entre espaço público e edificações existentes. A localização central do edifício e sua intersecção no lote, determinam o caráter articulador do projeto.
Forma e função
A volumetria é esculpida por meio de rampas, escadas e elementos piramidais revestidos por grama natural. Se propõe uma estética simples, com concreto e redes aparentes, vidro, divisórias leves de cor branca, onde predominam a estrutura, os montes de vegetação e a espacialidade contida, que é enriquecida pela morfologia do projeto. A ponte que cruza sobre o edifício faz as vezes de um capitel, e, além disso, se transforma em uma conexão coberta com os outros edifícios sem interromper a visual a nível da praça .
As plantas se desenvolvem ao redor de um pátio circular, cujo centro é determinado pelo cruzamento de 3 eixos compositivos extraídos da malha existente. Circulações perimetrais giram ao redor deste, e se ramificam de forma radial para alcançar as áreas mais distantes. Os espaços próximos à circunferência se configuram radialmente, enquanto os mais distantes tendem a ser regularizados.
O pátio é um grande óculo, foco de iluminação e de ventilação natural para o edifício, as fachadas são envidraçadas e dispõem de painéis micro-perfurados para controlar a incidência solar. O edifício se dilata do terreno, e os espaços posteriores são iluminados através de tubos refletores (Solatube) e são ventilados por meio de sistemas de inversão mecânica de ar, enquanto a re-circulação se dá de forma natural para o pátio e áreas comuns.
Estrutura e materialidade
A estrutura é configurada por pórticos de concreto. Ao redor do pátio as vigas são curvas e concêntricas, os pilares e painéis são dispostos radialmente e organizam as circulações e espaços. As vigas metálicas são utilizadas para aliviar as lajes do mezanino e as lajes das áreas verdes. A estrutura da ponte nasce do último eixo de pilares do edifício, é elevada sobre a pequena praça e termina na plataforma de circulação. O material predominante é o concreto natural. Foi utilizada uma fôrma em ripas para transferir a textura da madeira para o acabamento das superfícies de paredes e pilares retangulares.