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Arquitetos: Diez + Muller Arquitectos
- Área: 150 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:BICUBIK
Descrição enviada pela equipe de projeto. Por ser um programa pequeno como é uma casa de 150 m2, a liberdade de pensar um projeto mais abstrato e conceitual foi facilitada conferindo espaço para se pensar mais na ideia do que na função do projeto. A casa em si é composta por dois dormitórios, uma área social com varanda e dois lugares de estacionamento cobertos.
É um programa simples e é um exercício de análise, entendimento e desenvolvimento de três ideias arquitetônicas que tentam interagir integralmente com o ambiente para intervir: espaço, materialidade e lugar.
Lugar
A ideia da casa é a de um corpo que se estende por suas extremidades e cada um se depara com uma parte muito diferente do solo, sua topografia, orientação, vistas, luz do sol, etc. Isso torna a terra, neste caso, a que vai em direção à casa e não a casa em direção à terra, dando-nos várias oportunidades espaciais atípicas que aumentam o interesse do projeto em seu ambiente.
Materialidade
Com base na ideia declarada acima, decidimos que a força conceitual não deveria ser comprometida por suas tectônicas. Assim, a proposta de materialidade é reduzida a quatro elementos principais: A estrutura é um invólucro de concreto que se desdobra seguindo o formato da casa complementado por perfis metálicos de suporte que ajudam a definir espaços importantes. Esses dois sustentam o volume superior que está contido em uma faixa metálica que limita todo o perímetro. O mesmo vale para a laje, criando um efeito sanduíche visto de fora.
Espaço
A residência é um corpo que estende os braços como uma estrela e, pela interação da terra com a casa, são criados espaços contidos, semi-abertos ou abertos, dependendo de onde a casa está localizada. A área social é um espaço em forma de "V", contido pelos dois dormitórios, cada um em uma extremidade, e orientados para a vista leste em direção à parte inferior do terreno e ao riacho. Esses dois lados do "V" estão conectados à varanda, que é um espaço residual triangular que se abre para visualizar e enquadrar a paisagem. Esses espaços são conectados à outra extremidade, que é a garagem coberta onde está a entrada principal, escavada ao longo da ladeira até que esteja completamente embutida nela.