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Arquitetos: Studio Kyze
- Área: 483 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Manuel Sá
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Fabricantes: Estudio Piumobile, Flos, Giorgio Bonaguro, Guilherme Wentz, Gustavo Bittencourt, Jayme Bernardo, Maxdesign, Nardi, Rejane Carvalho Leite, Studio Linear, Sérgio Rodrigues
Descrição enviada pela equipe de projeto. Poucas casas compõem o condomínio fechado onde se insere a casa. Afastado das avenidas mais trafegadas da cidade, é dominado por um silencio aconchegante e por uma via interna bem arborizada.O diferencial desse projeto de interiores é certamente a componente afetiva, perceptível na sintonia da comitente com os diversos ambientes da casa.
O programa de projeto previa uma radical reforma de interiores; no intuito de se transformar em um lar acolhedor, voltado a encontros e convívio familiar. Rever o uso e a materialidade do quintal, no fundo da casa, foi uma das mais fortes vertentes de projeto, no intuito de levar o baricentro do espaço de estar no limite entre o “dentro” e o “fora”.
O elemento de divisão é central nas diretrizes de projeto: uma estrutura em forma de moldura cria um quadro de duas faces, e hospeda um confortável sofá de um lado e uma composição de plantas do outro, emoldurado no piso por uma jardineira de formas sinuosas. O projeto revê o uso do quintal, com uma interpretação tropical do conceito italiano de “cortile”, um atrativo e eclético espaço vazio pavimentado, com poucos elementos essenciais: uma rede, um chuveirão, um banco em madeira.
A interação entre dentro e fora é fortalecida pela escolha de continuidade no piso, com o uso de um único ladrilho cimentício para toda área de reforma, dentro e fora. Essa parte de piso dialoga com a parte de piso em porcelanato branco, pré-existênte mantida na parte da sala oposta ao quintal, que compõe e valoriza o espaço.
O projeto de paisagismo se baseia no estudo solar da casa, plantas de sombra prosperam da moldura de divisão com o interior da casa até o chão, e plantas trepadeiras de meia sombra, recém plantadas, ensaiam se desenvolver na parede onde se apoia o banco de madeira. A rede cria um conceito de vivencia tropical, oferecendo possibilidades de uso e experiência a todo o espaço externo.
A função da cozinha é quebrada em dois ambientes diferentes: o apoio operacional, fechado a direita da entrada da casa, já existente, e o amplo e completo espaço gourmet integrado com a área interna da casa, mais uma vez no intuito de proporcionar experiências e possibilidades de vivencia.