-
Arquitetos: Hopkins Architects
- Área: 2 m²
- Ano: 2018
-
Fotografias:Janie Airey
-
Fabricantes: Allgood, Chatsworth Stone Masonry Ltd, Coopers Fire, Creagh Concrete, Decor Systems, Gildacroft Ltd, HESS TIMBER, IG Lintels, Input Joinery Ltd, Junckers, Lignacite, Lockmetal, Michelmersh, Race Furniture, Stannah Lifts, Tudor Roof Tiles
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Escola de Música da King's College School, em Wimbledon, possui uma sala de concertos com 200 lugares, e foi rodeada por salas de ensaio e de aula. O desafio do projeto foi implantá-lo em um lote irregular, e, ao mesmo tempo, manter uma relação com as casas vizinhas, de artes e ofícios, e complementar os edifícios maiores da escola.
O resultado foi um conjunto de três edifícios individuais interligados, posicionados de forma a serem visualizados entre as árvores existentes, inserindo-se sem problemas ao ambiente escolar. Os materiais tradicionais, artesanais, do exterior ajudam a adaptar a nova arquitetura ao contexto local, enquanto no interior o telhado de madeira foi projetado para fornecer a melhor acústica possível para os recitais e ensaios.
Desde sua fundação em 1829, a Escola de King's College Wimbledon se tornou uma das principais do Reino Unido. Em 2013, o escritório Hopkins Architects foi selecionado para projetar a escola de música, como parte de um plano mestre de desenvolvimento contínuo para melhorar as instalações dentro da propriedade.
No projeto, um hall de entrada em formato de L permite o acesso a todas as partes do edifício, vinculando os três volumes distintos. Os blocos abrigam, um auditório com pé direito triplo, com capacidade para 200 pessoas, com palco para uma orquestra de 70 peças; um espaço de ensaio com pé direito duplo para 70 músicos, sobre um conjunto de salas de aula; e um bloco linear de 2 pavimentos que acomoda salas de prática individuais, salas de aula e escritórios. A extremidade do bloco linear abriga a portaria, que controla o acesso à entrada e saída da parte posterior do lote, bem como, o apartamento do zelador no pavimento superior. Em um amplo porão foram dispostos os banheiros necessários, áreas de armazenamento, equipamentos e espaço para prática de percussão e instrumentos amplificados.
A luz solar é fornecida através de aberturas zenitais suspensas, difusas, ou por um clerestório envidraçado contínuo. No auditório principal, uma série de janelas verticais proporcionam vistas laterais para os demais edifícios da escola, sem tirar o foco dos artistas no palco. Considerando as construções adjacentes e, em particular, o grande auditório, as paredes externas foram construídas com tijolos feitos à mão e o telhado foi revestido com telhas de barro artesanais, especialmente encomendadas para refletir a estrutura interna.
O diretor Mike Taylor, afirmou: “O objetivo era fazer a Escola de Música parecer um campus dentro do campus. Os espaços formais de desempenho e ensaio foram organizados em um layout informal e permeável. A circulação separa o agrupamento dos três blocos, que variam em forma e escala, mas compartilham os mesmos temas arquitetônicos e geométricos".
A construção com tijolos sólidos foi benéfica para o isolamento acústico, e foi pontuada por uma variedade de aberturas que adicionam identidade, permitem a entrada de luz solar para o coração do projeto e proporcionam vislumbres ao campus da escola. A construção artesanal e os materiais quentes visam oferecer uma visão contemporânea da tradição de Artes e Ofícios, apropriada ao local.
Como nos projetos anteriores da Hopkins Architects, o projeto estrutural e os demais complementares foram integrados e cuidadosamente expressos dentro da estrutura da arquitetura. O edifício utiliza uma combinação de ventilação de deslocamento natural e integrada, que ajudaram a edificação a alcançar a classificação Breeam Very Good, pelas excelentes condições ambientais e acústicas do projeto e ótimos níveis de luz solar e ventilação natural.