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Arquitetos: AGENdA Agencia de Arquitectura +, Dellekamp Schleich
- Área: 760 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Onnis Luque
Descrição enviada pela equipe de projeto. Um terremoto de 7.1 graus na escala Richter estremeceu o México no dia 19 de Setembro de 2017, deixando o país inteiro em estado de emergência, com mais de 396 vítimas e 150.000 residências destruídas em cinco estados (Oaxaca, Morelos, Estado de México e Guerrero).
Jojutla (Morelos) foi um dos tantos municípios da república que se transformaram em um campo de ruínas após o sismo. Em uma fração de segundos, a maior parte de sua infraestrutura foi completamente ou parcialmente destruída.
Após uma iniciativa organizada pela Infonavit, envolvendo um grupo de arquitetos nacionais, foi lançado um plano diretor para a reestruturação dos principais edifícios públicos do município. A Dellekamp/Schleich e o escritório Agenda (Colômbia) foram chamados para colaborar em dois projetos: duas representações simbólicas da fé. Dois templos, um religioso e um laico. Uma igreja (Santuario Señor de Tula) e um centro comunitário (El Parque Higuerón).
Jojutla, município do estado de Morelos, foi um dos locais mais afetados pelo sismo, com um registro de mais de 1000 residências danificadas e a maior parte de sua infraestrutura pública colapsada.
No Parque el Higuerón uma grande parte do edifício original, que abrigava vários espaços comunitários, como uma fábrica comunitária de tortilhas e salas de aula para capacitar seus moradores, desmoronou. A gravidade dos danos à estrutura e a incapacidade de utilização destes espaços revelou a importância deste centro para os moradores da comunidade.
O projeto busca resgatar um local afetado e atuar como símbolo de comunidade e solidariedade para uma sociedade em reconstrução. O volume, posicionado como um quadrado nas margens internas da propriedade, funciona como um receptor para o programa e delimitador da praça central.
O sistema construtivo, formado por uma grelha de estruturas rígidas de concreto, permite uma composição livre de espaços abertos e fechados, configurando as áreas destinadas às oficinas, à biblioteca e às secretarias municipais. O vazio gerado pela praça protege os usuários das condições climáticas e conecta diretamente a proposta a seu contexto.