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Arquitetos: Studio Ardete
- Área: 796 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Purnesh Dev Nikhanj
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Fabricantes: AutoDesk, Carl Stahl (Germany), Flos, Garifoli (italy), Grohe, Pianca, Schüco, Trimble, Vetromoda
Descrição enviada pela equipe de projeto. A residência 1559/36D é um projeto de 836m² em um dos locais mais privilegiados de Chandigarh, ladeado pelo cinturão verde de um lado e com vista para os Shivaliks, justapondo-se a paisagem urbana. Nossa resposta primária foi incentivar o ocupante do espaço a manter um diálogo constante com a natureza ou a arte e em alguns momentos, com ambas. Em resposta à citação de David Craib, "o projeto nunca deve dizer: olhe para mim! Ele sempre deve dizer: olhe para isso!" o mais irrefutável era elevar a zona de lazer ao topo da casa.
O terraço é transformado em um deck de observação, pois captura a pasaigem das colinas. A copa das árvores oferece a ilusão de verde infinito a partir do terraço. É essa introdução paisagística que torna a piscina agradável, algo mais que uma atividade física. A maneira como o projeto responde à natureza, em alguns momentos, é quase literal demais, como a pedra em volta das árvores existentes e, outras vezes, de forma sutil, à mercê da imaginação do ocupante. Há uma sinceridade construtiva que prevalece à medida que os níveis interagem entre si para equilibrar a profundidade da piscina com o nível do terraço. Os interiores seguem a mesma lógica.
Uma sequência experimental nos pavimentos abaixo percorre os espaços de estar. Alguns deles são existencialmente sentidos pelas divisórias translúcidas como um convite visual para espaços acima e além de você. Elementos como um pátio, tijolos de vidro, persianas, pergolados e outras aberturas catalisam o diálogo entre o observador e o observado através do jogo da luz, sombra, ventilação e cores da natureza.
A planta do térreo apresenta três zonas. Inicia-se a partir do espaço público, com a grande sala de estar interligada de forma ambígua com as áreas semi-privadas da cozinha, sala de jantar e sala de estar íntima que finalmente encontram os quartos privativos na extremidade posterior. O primeiro andar é um arranjo de três dormitórios, cada um com seu próprio terraço privado. A qualidade espacial desses terraços é única. O quarto principal é intencionalmente um plano trapezoidal para obter uma melhor vista e enfatizar novamente a importância da biofilia. A cama é colocada no centro para permitir um fluxo livre de energia ao longo das bordas, mas mais do que isso, enfatiza a parede que conforma o ambiente.
Em algumas áreas, o revestimento dos dormitórios e o terraço se fundem, diluindo os limites entre o que está dentro e o que consideramos fora. Apresentam-se ainda, em outros momentos, mosaicos espelhados nos tetos, lustres ou, às vezes, como arte na parede onde o reflexo do usuário se torna também natureza. O observador se torna sujeito de sua própria observação. É uma tentativa de redefinir a natureza que deixa o ocupante ciente de sua própria presença.