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Arquitetos: Yamagata Arquitetura
- Área: 84 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Denilson Machado – MCA Estúdio
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Fabricantes: Arali Móveis, AutoDesk, Celdom, De'Longhi, Deca, Dimlux, Duratex, Estúdio Manus, FAS Iluminação, GALERIA ARTUR FIDALGO, Galeria HAP, Galeria Lume, Ginger & Jagger, Laer Engenharia, Latão e Arte, Loja Teo, Lumini, Líder Interiores, Marché Art de Vie, Mekal, +7
Descrição enviada pela equipe de projeto. Estréia da Yamagata Arquitetura na Casa Cor São Paulo 2016 tira partido de um japão sem folclores para abordar questões elementares do lifestyle contemporâneo no caos da metrópole, apresenta uma proposta autêntica e original que conecta com as suas próprias raízes e alguns dos fundamentos mais elementares da arquitetura urbana: otimização de espaço, sustentabilidade, ergonomia e poesia. Enquanto a vida nas megalópoles atravessa tempos coléricos, encapsulamos conceitos como paz, calmaria, design e ergonomia neste ambiente urbano, atemporal e com forte influência nipônica.
Assim, a unidade batizada de “shoji 04”se desenvolve em 84m2 que remetem aos pequenos e aconchegantes espaços do japão, mas sem folclores étinicos: a caixa poderia estar inserida em qualquer cidade cosmopolita, na ásia, na europa, na áfrica, na oceania ou nas américas. Na prática um grande volume de madeira absorve a cozinha, banheiro e quarto, organiza o projeto espacialmente e deixa a luz entrar generosamente, em conexão com os preceitos de sustentabilidade e conexão com a natureza. O mesmo volume parece repousar delicadamente paralelo a uma grande galeria onde se distribuem as áreas sociais de estar e jantar.
A delicadeza da arquitetura japonesa e os painéis de shoji, usados para setorizar e dividir as áreas nas casas orientais, foram algumas referências para a formatação deste volume. A filosofia estética oriental do wabisabi , onde a beleza das imperfeições é altamente valorizada, também estão presentes neste oásis metropolitano que tem a paciência do branco como cor predominante nas lajes de concreto, elementos industriais e paredes patinadas pela ação do tempo. A marcenaria é tradicional, feita com caixotes estilizados e alinhada à distribuição formal do mobiliário, imprimindo uma atmosfera inusitada e reforça o conceito nipo-industrial. Um mimx de temperaturas, texturas e percepções: madeira clara, ladrilho hidráulico, mármore e metal.
A curadoria de arte traz a assinatura de alessandro sartore, reunindo obras de artistas com prestígio universal, alma e rg carioca. Mas, de novo, sem aparthaids geográficos, olhando para a casa contemporânea de uma forma muito mais zen, que interpreta no espaço doméstico uma narrativa moderna de valores ancestrais.