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Arquitetos: BOMO Arquitectos
- Área: 60 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:do mal o menos
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Fabricantes: Adobe Systems Incorporated, AutoDesk, BPM Lighting, CIN, Efapel, JNF, Ofa, Primus Vitória, REHAU, Sanindusa, Sanitana
Descrição enviada pela equipe de projeto. Este pequeno apartamento insere-se num edifício construído em 1962, projectado pelos arquitectos lisboetas António do Couto Martins (1897-1970) e Frederico Henrique George (1915-1994), cujas obras mais significativas serão respectivamente o Mercado de Campo de Ourique (1934), e o Museu da Marinha e Planetário Calouste Gulbenkian (1965), ambas em Lisboa.
Concebido na tradição modernista do “edifício paquete” que procura reproduzir em betão armado algumas das qualidades espaciais e simbólicas daquela tipologia de arquitectura náutica, a circulação faz-se ao longo de galerias exteriores com guardas metálicas, a cobertura é entendida como um grande convés exposto ao sol para usufruto comunitário, a infra-estrutura de águas e esgotos é pragmaticamente distribuída ao longo dos corredores em coretes visíveis e visitáveis.
A intervenção foi pensada nesta mesma tradição, mistura de sonho e pragmatismo, rudeza e delicadeza, desejo de convívio e de reclusão, cela monástica e salão de baile, domesticidade em alto mar. As alterações introduzidas procuraram acima de tudo maximizar as pequenas áreas do apartamento através da criação de uma nova área social unificada, da qual apenas a casa de banho e o quarto ficam isoladas e resguardadas, onde pessoas, luz e ar podem circular com liberdade.
Para que estes espaços consigam conservar este desafogo e maleabilidade na forma como são ocupados foi criada uma grande área de arrumos sobre uma laje elevada a cerca de meia altura do apartamento, e que alberga também o ramal individual de ligação à referida corete e outros equipamentos, e deste modo permaneçam apenas aqueles objectos e mobiliário com os quais escolhemos conviver.