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Arquitetos: João Tiago Aguiar Arquitectos
- Área: 640 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
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Fabricantes: ARTESALANA, CIN, CLIMAR, Cortizo, FRANCOMETAL, JUNG, Microsoft, PADIMAT, Poggenpohl, Tons de Pedra, U-DECK, VERSÃO DOS TRAÇOS
Descrição enviada pela equipe de projeto. Combinando a arquitectura da década de 50 do século XX com o conforto, amplitude e luminosidade dos espaços contemporâneos, esta moradia de 3 pisos no bairro do Restelo, em Lisboa, passou por uma transformação profunda. Agora, luz, funcionalidade, espaço e bem-estar são as palavras-chave que melhor a definem. O projecto ambicioso soube tirar partido da moradia com 70 anos, transformando-o numa casa luxuosa inserida numa zona privilegiada da cidade com vista extraordinária sobre o rio Tejo.
Do ponto de vista arquitectónico, apostou-se numa renovação total do seu exterior que é agora vincadamente fluído, vivo e harmonioso, permitindo uma leitura de continuidade. Partindo da simplificação dos vãos das fachadas e da transformação das janelas de peito em vãos de sacada, os arranjos exteriores foram muito mais além e apresentam-se numa linguagem visualmente coerente e repousante.
Aplicaram-se azulejos tridimensionais artesanais na cor verde para revestir as zonas da piscina, churrasco, garagem/lavandaria e i.s. de apoio, que, dissimulando aqueles volumes, proporcionam uma relação equilibrada com a envolvente arbórea. Da mesma forma, também toda a ampliação da casa já existente ao nível do piso inferior, recebeu o mesmo revestimento, o que fez com que as suas diversas partes se unissem em torno de um tema comum. O exterior da moradia tem agora várias zonas de estar, pensadas em função das características do espaço com a piscina a ser colocada na parte inferior e mais resguardada, junto ao limite tardoz, virada a sul, beneficiando, portanto, de maior incidência solar.
No piso inferior encontram-se a master-suite e uma sala polivalente ambos com acesso directo ao jardim e à piscina. Já no piso intermédio, sobre a suite, o terraço pré-existente foi melhorado, criando-se ali uma área de estar que mais não é do que um prolongamento natural da zona social, preenchendo-se, assim, todo aquele espaço que ainda goza de uma vista excepcional sobre o rio Tejo.
O portão e o muro frontais, em chapa de aço recortada a laser, foram igualmente redesenhados, tendo sido aplicado o mesmo padrão do azulejo tridimensional artesanal de forma a reforçar o tal carácter unificador pretendido. Também as guardas, não menos importantes, foram substituídas por chapa recortada a laser com esse mesmo padrão. O tecto da garagem, por sua vez, é uma enorme caixa de luz, um factor relevante que favorece visualmente os automóveis ali estacionados.
O interior da casa estava excessivamente compartimentado pelo que a abordagem ao projecto passou por criar uma zona social natural e versátil, colocando-se amplas portas de correr entre zonas de circulação, a sala de estar e a sala de jantar, permitindo interligar tais espaços. Enquanto as áreas sociais ficaram no piso intermédio, as zonas privadas foram distribuídas pelos pisos inferior e superior; neste último, ficaram 4 suites com a master-suite a ocupar o piso inferior com acesso directo ao jardim e à piscina. Foi ainda desenhada, neste piso mais baixo, uma suite para a empregada com acesso independente. A personalidade harmoniosa da moradia é, mais uma vez, realçada no revestimento da caixa de escadas interiores, onde o mesmo azulejo tridimensional artesanal utilizado no exterior, surge de novo, mas desta vez na cor branco.