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Arquitetos: Studio Arthur Casas
- Área: 575 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Filippo Bamberghi
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Fabricantes: 1stdibs, Allied Maker, Arthur Casas Design, Artur Lescher, Bazzeo by NY Loft, Boffi, Espasso, Etel Design, Flexform, Galeria Nara Roesler, Herança Cultural, Loja Teo, L’Atelier, Nani Chinelatto, Pelle Design Store, Poltrona Frau, Primo Vidros
Descrição enviada pela equipe de projeto. Brownstone é um estilo arquitetônico presente em Nova York. Essas edificações caracterizam-se por serem geminadas, verticalizadas, situadas em terrenos longos e estreitos e com fachadas cobertas por pedras marrons. O projeto consiste na reforma de uma dessas residências, buscando respeitar o caráter histórico da arquitetura e, ao mesmo tempo, oferecendo uma solução prática, contemporânea e tecnológica de setorização do extenso programa distribuído em seis pavimentos.
Os seis andares acabaram ditando a distribuição dos cômodos, sempre bem integrados para fazer melhor proveito da incidência de luz natural, cuja entrada se dá somente pelas duas fachadas. No primeiro piso estão cozinha, escritório e jardim externo. A cozinha com balcões e armários preto, fugiu dos tradicionais tons claros que marcam a identidade do Studio. Para contornar a atmosfera escura, painéis e marcenaria em branco trouxeram leveza para o ambiente.
O segundo andar foi dedicado às áreas sociais, reunindo sala de jantar, bar e sala de estar para as visitas. Na impossibilidade de alterar a fachada frontal devido ao tombamento, a laje do 2º pavimento foi recuada para dar espaço a uma nova e generosa janela na parede dos fundos, conectando os dois pisos. Para garantir espaço íntimo para a família, um casal com dois filhos, quartos, playroom, academia, sala de cinema e uma área externa com lareira foram instalados nos últimos três pavimentos.
Para a decoração dos espaços, acabamentos neutros contrastam com os revestimentos escuros do exterior. No piso, a madeira carvalho nos andares superiores trouxe suavidade para os ambientes, enquanto o Limestone em tons quentes e os móveis e tecidos em tons terrosos fazem uma sutil referência às cores naturais do oriente-médio, terra natal de seus moradores. Os clientes optaram por marcenarias predominantemente fechadas, com traços limpos e com poucos objetos decorativos, prezando pelo minimalismo. O gosto pela identidade brasileira foi notado na escolha dos mobiliários, muitos deles assinado por Arthur Casas, e nas obras de arte.
O destaque do projeto ficou por conta da piscina interna, instalada no subsolo. A entrada de luz natural, garantida pela claraboia, trouxe certa dramaticidade ao ambiente, que divide o espaço com um depósito e áreas técnicas. Para completar a iluminação, sancas e luzes lineares embutidas reforçaram o design geométrico dos bancos de madeira, uma estratégia replicada por toda a residência.