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Arquitetos: Buró 4, Hombre de Piedra Arquitectos
- Área: 1096 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Jesús Granada
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Fabricantes: AutoDesk, Knauf, Lamp Lighting, Texsa, Trimble, https://www.lamp.es/es
Descrição enviada pela equipe de projeto. Esta é a segunda fase de nosso projeto ao Terminal de Cruzeiros de Sevilha, que se expande e melhora em relação ao original.
Portos e cidades compartilham da característica de estarem em constante mudança. Para enfrentar os desafios impostos por essa interação, os edifícios portuários devem ter a capacidade de mudar ao longo do tempo sem recorrer à improvisação. Uma solução poderia ser propor arquiteturas modulares industrializadas, que enfatizariam sua natureza portuária como um sinal distintivo, mas concebidas com a qualidade arquitetônica exigida por sua vocação para a integração urbana.
Neste sentido, o Porto de Sevilha demandava um novo terminal de cruzeiros com um caráter flexível, multiuso, prevendo a possibilidade de ampliações, remoções e até mesmo trânsito. Isto lhe permitiria adaptar-se gradualmente ao aumento do volume de passageiros, bem como às possibilidades futuras do valioso espaço urbano-portuário de Muelle de las Delicias. Por outro lado, o espaço disponível ao lado do rio Guadalquivir ao passar por Sevilha exigia um objeto de qualidade arquitetônica, que realmente encorajasse o diálogo ativo entre o porto e seu ambiente urbano.
O Terminal de Cruzeiros promovido pela Autoridade Portuária de Sevilha, e projetado por Hombre de Piedra Arquitectos e Buró 4, atinge todos estes objetivos com um projeto sustentável e modular, que aproveita as possibilidades construtivas dos contêineres marítimos reciclados. O projeto também integra o edifício a um ambiente urbano de grande valor paisagístico, muito central, e adapta sua arquitetura ao clima mediterrâneo.
A construção foi feita em duas fases. A primeira etapa data de 2013, e parte dos nela foi implantada parte dos contêineres. Na segunda fase, que começou em outubro do ano passado, a Autoridade Portuária de Sevilha ampliou suas instalações e aumentou o número de módulos de 460m² para 891m² no térreo. Também tornou o pavimento superior passível de circulação, o que aumenta a área total do centro de recepção de passageiros para 1.096m².
O projeto do terminal permitiu que a intervenção fosse entendida não apenas em termos de parâmetros funcionais do porto, mas também em termos urbanos e arquitetônicos, o que levou a uma boa recepção por parte da cidade. De fato, além de sua função como centro de recepção de passageiros, o edifício funciona como um espaço multiuso para receber os eventos culturais e sociais da cidade.
O edifício é composto de contêineres high-cube, dispostos paralelamente, e sobre eles foram colocados contêineres padrão, que funcionam como clarabóias. Tudo isso gera um espaço diáfano que é animado por uma sucessão rítmica de luzes e sombras, com alturas simples e duplas e paredes de chapa de ferro corrugado que permitem que a construção seja reconhecida.
Da mesma forma, o estudo bioclimático do edifício permite espaços mais confortáveis, bem como a economia de energia, que tornam melhor o desempenho da construção em termos de sua sustentabilidade. O ar mais quente está localizado na parte superior dos espaços com pé direito duplo. Nas extremidades leste e oeste das clarabóias, as janelas são projetadas para que os ventos dominantes atravessem facilmente o edifício, removendo o calor da parte superior.