Descrição enviada pela equipe de projeto. Este projeto nasceu de um concurso de intervenção urbana para a COP25, a 25ª Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O vencedor do concurso foi o artista plástico Fernando Prats em associação com os arquitetos Elton Leniz e Cruz Mandiola, que nos convidou a colaborar na equipe multidisciplinar, como designers de iluminação. O artista concebeu esta obra a partir da observação da Cordilheira dos Andes, do Poema do Chile de Gabriela Mistral e dos desenhos do atlas da geografia física do Chile do geólogo Pedro José Amado Pissis de 1875. As 16 colunas de aço representam o perfil dos Andes chilenos e estabelecem uma conexão simbólica entre o vertical e o horizontal.
Como resultado do movimento social ocorrido no Chile a partir de 18 de outubro de 2019, o governo tomou a decisão de não realizar a Cúpula em solo chileno, mas esta infraestrutura, localizada em uma das entradas do Parque Bicentenário dos Cerrillos, foi realizada e constitui um agradável espaço cultural ao ar livre para a comunidade de Cerrillos.
Os principais desafios foram desenvolver um projeto de iluminação muito amigável com o ambiente, criar uma experiência enriquecedora para o visitante desde à distância até o percurso do espaço e integrar de forma satisfatória o sistema de iluminação à obra.
O respeito ao meio ambiente materializa-se pela ausência de poluição luminosa e pela proteção da biodiversidade, devido à orientação dos equipamentos de cima para baixo, bem como pelo consumo de energia elétrica muito limitado de 316W total.
A experiência para os visitantes reflete-se na forma sensível de evidenciar as formas e materialidade da escultura vista à distância, bem como na criação de um ambiente íntimo e acolhedor formado pelas projeções das sombras das colunas no chão.
A integração do sistema de iluminação à obra passa quase despercebida de dia e de noite. As luminárias são muito pequenas e estão instaladas em caixas de aço desenhadas sob medida e integradas no topo de cada coluna.