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Arquitetos: LIVRE arquitetura
- Área: 5 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Luis Andre Guedes, Pablo Vale
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Fabricantes: GUBI, Instituto Kabu, Luiz Marcenaria Artesanal, Rezendes Iluminação
Descrição enviada pela equipe de projeto. Sob a ótica do pensamento ocidental, um espaço confinado de 1,60 m x 3,00 m é, normalmente, considerado um lote não edificável, um permanente não lugar. Porém, este projeto comprova a possibilidade de uso de pequenos lotes, em alinhamento ao modo oriental de aproveitamento do espaço urbano.
O partido arquitetônico também sofreu inspirações orientais: O shōji – Portas feitas de papel de arroz das casas tradicionais japonesas; e o O Chōchin – Lanternas tradicionais japonesas feitas de bambu e papel. Do shōji utilizamos os fechamentos translúcidos que filtram a luz solar, trazendo uma atmosfera de relaxamento ao espaço interno. No Chōchin, nos inspiramos para que, de noite, o projeto apareça, ao espaço exterior, uma grande lanterna.
A madeira utilizada é a maçaranduba, proveniente de manejos sustentáveis, tratadas de forma artesanal por marceneiros locais. As tiras de madeira foram organizadas para formar um muxarabi com fechamento em acrílico leitoso. Exclusivamente desenvolvido para esse projeto, o design do mobiliário objetivou a otimização do uso do espaço e sua funcionalidade.
Mesa e bancos feitos com tacos de ipê e pau amarelo advindos de demolições ressignificou pisos constantemente descartados em reformas contemporâneas. Buscou-se elevar o status deste produto à obra de arte por meio de marchetaria. Como ornamentação e representação das nossas raízes, se emoldurou duas pinturas em linho cru. Feitas por índios da etnia Kayapó Mekrãgnotire, com grafismos empregados em pinturas corporais características do seu povo.