-
Arquitetos: JPE Design Studio, Jam Factory, Snøhetta
- Ano: 2019
-
Fotografias:Mark Syke
-
Fabricantes: Fytogreen
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Universidade da Austrália Meridional, na sua atual configuração, foi fundada em 1991 a partir da fusão do Instituto de Tecnologia e do Colégio de Ensino Aplicado da Austrália Meridional. Buscando transformar o espaço do campus existente, proporcionando melhores oportunidades de convívio e trocas entre os alunos além de criar novas conexões com a comunidade local, o Pridham Hall, projetado pelo Snøhetta em parceira com o JPE Design Studio e os arquitetos do Jam Factorypelos, transformou-se em um novo ponto de referência para os habitantes da cidade de Adelaide.
Como um projeto de intervenção no espaço público do campus, o edifício do Pridham Hall procura integrar-se à seu contexto específico, proporcionando aos alunos e a comunidade local de Adelaide um ambiente estimulante e inspirador, um espaço de troca e convivência forjado para acolher as mais diversas práticas esportivas, incentivando o bem-estar e a saúde física e mental dos alunos, ao mesmo tempo que oferece ao campus um novo espaço para a realização de grandes eventos.
Abrigando um hall multiuso, uma piscina e uma quadra poliesportiva coberta, além de outros espaços funcionais, Pridham Hall conta ainda com uma série de áreas verdes incorporadas, tudo pensado para atender as demandas dos alunos e da comunidade local por mais espaços de convívio e fruição. Ao permitir acesso irrestrito e ilimitado ao público, o mais novo edifício do campus da Universidade da Austrália Meridional pretende potencializar o sentido de pertencimento dos alunos e o engajamento de toda a comunidade não acadêmica.
Através de uma rica e dinâmica sobreposição de espaços interiores e exteriores, o edifício do Pridham Hall busca criar conexões diretas entre as atividades do campus e a paisagem urbana onde o mesmo encontra-se inserido. E mais do que isso, sua localização privilegiada faz com que esta estrutura opere como uma nova porta de entrada para o campus. Em suas laterais nordeste e oeste, a cobertura do edifício se extende até o chão, criando dois jardins inclinados que funcionam como uma espécie de anfiteatros. Como duas “asas verdes” flanqueando o acesso principal ao edifício, estes jardins adicionam uma segunda camada de texturas e cores à paisagem do campus, além de promover a biodiversidade local — especialmente plantas nativas que apenas podem ser encontradas no sul da Austrália. Este anfiteatro natural encontra-se integrado aos demais edifícios adjacentes, proporcionando ainda mais visibilidade para os eventos que ali ocorrem.
Bem no coração do edifício encontra-se o hall, o qual conecta-se diretamente com o espaço público acessível do campus. Diferentemente dos tradicionais espaços multi-uso encontrados nas universidades da Austrália, esta arena foi concebida não apenas para receber eventos esportivas, mas também feiras e outras cerimônias. Composto por diversos elementos e uma rica paleta de materiais, sobretudo revestimentos em madeira, formalmente a arquitetura do espaço do hall contrasta fortemente com a área do lobby, criando um espaço vibrante e acolhedor. Com seus mais de 1.600 m² de área dedicada, o hall conta ainda com uma parede de escalada e um lounge para os alunos no mezanino.
Abaixo deste, no subsolo do edifício, os alunos encontram uma academia de ginástica, um estúdio de dança e uma piscina semi-olímpica aquecida. Para aproximar os diversos programas do edifício, os arquitetos criaram uma série de aberturas de vidro responsáveis por conectar visualmente as distintas atividades, permitindo ainda uma mais eficiente iluminação natural no interior do edifício.
Procurando atender à meta da UniSA em reduzir pelo menos 15% nas emissões de carbono do campus até 2021, o projeto encabeçado pelo Snøhetta incorpora uma série de estratégias bioclimáticas de baixa tecnologia, reduzindo o consumo energético da estrutura como um todo. A iluminação natural é priorizada em todos os ambientes, desde o subsolo até a cobertura. Somado à isso, as amplas fachadas envidraçadas permitem a completa abertura dos espaços do térreo, favorecendo assim a ventilação natural e de quebra, criando um espaço interior-exterior extremamente flexível. Dois lobbies, um ao norte e outro à oeste, operam como elementos de conexão entre o espaço público do campus e o programa do edifício, conectando-o física e visualmente com a paisagem urbana de Adelaide, permitindo aos usuários usufruir ao máximo o agradável clima da cidade de Adelaide.
Como se não bastasse, o edifício do Pridham Hall foi concebido para integrar-se com as demais instalações do campus, contribuindo para construir uma atmosfera vibrante para os alunos e toda a comunidade local. Como um novo centro de convívio e socialização, o novo edifício da Universidade da Austrália Meridional estende a vida do campus para além deste, criando um espaço de conexão entre a comunidade acadêmica e os moradores da cidade de Adelaide.
Como resultado disso, o projeto do Pridham Hall foi indicado para o Prêmio WLA de 2019 além de ter sido premiado no SA Landscape Architecture Awards daquele mesmo ano.
