Descrição enviada pela equipe de projeto. O corredor industrial que envolveu a cidade de Querétaro na década de oitenta, ao longo do tempo e com o crescimento acelerado da cidade, deixou prédios industriais vagos como resultado da reordenação de novos centros industriais para a periferia. A poucos metros do simbólico Aqueduto, o Restaurante Banal ocupa uma dessas estruturas recicladas, cujos antigos proprietários abrigavam uma loja de vinhos e uma floricultura.
Os clientes, para quem no momento estávamos construindo uma casa nova, nos pediram que criássemos um espaço que aproveitasse ao máximo o edifício pré-existente. A construção deveria levar apenas três meses, tempo necessário para eles estabelecerem a identidade de seu novo projeto culinário, e também se enquadrar ao pequeno orçamento.
A abordagem se iniciou com uma ideia simples: expandir a adega existente duplicando a capacidade interior do restaurante, sem alterar a modulação ou a estrutura original. Com base nestas premissas, uma sequência de vãos foram abertos entre o prolongamento e a estrutura pré-existente, de forma a conectá-los, e outra sequência simétrica para integrar os dois espaços com um colchão exterior verde, que funciona como um elemento de transição entre a avenida movimentada e o restaurante.
Um detalhe peculiar da obra foi a implementação de uma faixa suspensa de blocos vazados: elemento essencial para atenuar a luz solar, moderar a vista do interior para a circulação viária e ventilar o espaço interior para os fumantes na esplanada. Em conjunto, o uso de materiais expostos simples e de baixa manutenção, a iluminação e ventilação naturais e a praticidade da planta aberta também foram estratégias complementares para a realização deste trabalho.