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Arquitetos: DEarquitectura
- Área: 190 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Luis Barandiarán
Descrição enviada pela equipe de projeto. A especulação do uso do solo produz híbridos estranhos no caráter do espaço público. Este é o caso em que, em um zoneamento de espaço aberto, os lotes são subdivididos, gerando lotes de 10 metros de largura atrelados através de uma parede divisória que, sendo desregulada, produz situações que não contribuem de forma alguma à construção do espaço público.
Desta primeira reflexão e das proporções do lote (1:5) deriva a estratégia pela qual, sobre uma modulação de 4x4 metros e estruturada em duas intersecções, os ambientes da casa estabelecem uma seqüência de luzes e sombras, vazio, vegetação, terraços, semi-cobertos e espaços de pé direito duplo. Enquanto o térreo se organiza desta forma ao longo dos 50 metros de comprimento, o pavimento superior articula os cômodos entre os terraços, espaços cobertos e descobertos que delimitam e estabelecem as áreas necessárias de privacidade para cada morador.
Isto possibilita que a casa chegue ao limite do lote de forma articulada entre as duas intersecções, evitando o contato com os limites em um ritmo 4-4-4 (vazio - cheio - vazio) e convida a restabelecer o ambiente com superfícies verdes não consolidadas na fachada. A modulação define a estrutura de apoio e as relações entre opacidades e transparências do fechamento. O corpo tectônico da obra é apoiado pelos interesses do usuário pelo concreto aparente, que atua como um plano horizontal para toda a casa, o que produziu a inversão na seqüência construtiva do mezanino. A mesma estratégia é utilizada para a cobertura.