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Arquitetos: Helena T Rios, Vazio S/A
- Área: 960 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Daniel Mansur
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Fabricantes: Itaim Iluminação, Lumini, O/M Light - Osvaldo Matos
Descrição enviada pela equipe de projeto. Casa Pampulha é uma residência projetada pelo arquiteto Zanine Caldas nos anos 1970 e convertida em galeria de uma coleção de arte. Aparentemente um arquiteto de casas neo-coloniais sem identidade, na verdade Zanine foi um autor que soube atualizar a linguagem do colonial brasileiro com recursos típicos da arquitetura modernista e da arquitetura tradicional do Japão. Daí as fachadas com sofisticadas modulações de panos de vidro, os jogos volumétricos marcados por sólidos X vazios, o contraste marcado entre peso e leveza, e uma arquitetura onde os espaços são nitidamente definidos a partir da estrutura de madeira.
Discreta, a expografia da conversão buscou realçar alguns elementos arquitetônicos da casa. O novo projeto luminotécnico valorizou os elementos do telhado: o vão entre as terças teve seu sutil jogo de zig-zag revelado, a treliça de madeira que envolve todo o segundo andar recebeu um desenho de luz linear, e os vazios acima dos quartos foram destacados por meio de sancas assimétricas.
A proposta buscou equilibrar os dispositivos de exibição com um novo mobiliário que remete ao uso original da casa, daí os vários móveis residenciais agora inseridos numa tipologia imprecisa que ora é a de uma casa, ora a de uma galeria. Os móveis são do próprio Zanine Caldas (anos 1970) e de Helena T. Rios (peças novas). O maior elemento do projeto é o painel sob a cumeeira do telhado, que exibirá obras de grandes dimensões.
A coleção de arte é eclética e, do ponto de vista curatorial, os quartos e demais ambientes funcionam como delimitadores dos muitos temas da exposição, ou seja, os cômodos organizam os eixos curatoriais da coleção. Um novo projeto de paisagismo reabilitou e complementou o projeto paisagístico original e agora recebe várias esculturas dispostas ao ar livre, entre elas um iglu do artista italiano Mario Merz.
