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Arquitetos: Tegnestuen LOKAL
- Ano: 2020
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Fotografias:Hampus Berndtson
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Fabricantes: Alumentdk, Give Steel, ROCKPANEL
Descrição enviada pela equipe de projeto. Se quisermos alcançar um futuro sustentável, não podemos confiar apenas na construção de novos edifícios sustentáveis. Precisamos adotar um método visionário de transformar e adaptar os edifícios existentes para atender às nossas necessidades em transformação. Ørsted Gardens é um exemplo de um projeto que leva uma reforma a um novo patamar, melhorando o ambiente visual e social tanto para residentes quanto para visitantes. Ørsted Gardens transformou um edifício deteriorado, que muitas vezes foi considerado como um dos mais feios de seu bairro. O edifício original (assim como muitos similares a ele) foi construído nos anos 60, no auge de um fascínio pela racionalidade, processos industriais e eficiência na indústria de construção dinamarquesa.
A transformação radical começou a partir da renovação da fachada, com o objetivo de evitar que a água danificasse as varandas de concreto, em uma alteração drástica dos espaços semi-privados do edifício e uma reinvenção radical da fachada voltada para a rua de grande fluxo. Em vez de apenas remendar as varandas abertas com painéis de vidro igualmente elegantes, Ørsted Gardens visa criar um novo espaço social para reforçar a coerência do edifício. Para criar esse espaço social, uma série de varandas de vidro triangulares foram anexadas à construção, criando decks semi-privados para os residentes individuais.
As varandas privadas são dispostas na parte externa da via de acesso, o que cria um espaço que é ao mesmo tempo privado e compartilhado, incentivando encontros espontâneos entre os residentes. A extensão acrescenta uma segunda e mais exposta alternativa externa à varanda na fachada oposta, e painéis de vidro operáveis podem fechar o espaço ou deixá-lo completamente aberto. Isto estende o uso das varandas, que eram usadas apenas meses de verão, para incluir também a primavera e o outono. A nova fachada protege os apartamentos do forte ruído do fluxo viário, e transforma a maneira como os moradores vivem no edifício. As portas da frente agora estão abertas e permite as crianças circularem pelo novo espaço, visitando os vizinhos e criando um espaço urbano animado na lateral do edifício ao invés do caminho de acesso escuro que existia anteriormente.
Um aspecto central da reforma é a noção de que o edifício deve contribuir de forma positiva para a experiência da rua. A fachada monótona do passado foi dividida em formas geométricas menores criando um senso de ritmo à medida que se passa pelo edifício, sinalizando que trata-se de um programa residencial, composto por muitas famílias e indivíduos. As varandas mudam de unidade em unidade, reforçando ainda mais o senso de ritmo na rua e criando efetivamente 50 pequenos jardins. Os jardins se estendem de dentro para fora misturando o interior com o exterior e oferecendo a cada residente seu próprio pequeno pedaço de verde para cultivar plantas, vegetais, ou o que lhes apetecer. Isto incentiva a apropriação do espaço e, junto com os móveis particulares de cada residente, ressalta a individualidade das varandas.