-
Arquitetos: Müller.Feijoo
- Área: 285 m²
- Ano: 2020
-
Fotografias:Luis Díaz Díaz
-
Fabricantes: Knauf, LIVOS, ROCKWOOL, Sika
Descrição enviada pela equipe de projeto. As obras de reabilitação de edifícios em estado de abandono nos centros históricos da Galiza, promovidas pela administração pública, visam promover a recuperação urbana dos centros históricos mais degradados das cidades galegas. Estas ações consistem na aquisição e posterior reabilitação de imóveis para arrendamento habitacional de caráter público.
O edifício que foi reformado situa-se numa das zonas mais antigas e degradadas do centro histórico de Ourense.
Numa primeira fase, foi efetuado um estudo do edifício existente, desde a análise do entorno, da sua tipologia, sistemas construtivos etc., ao estudo do seu estado de conservação e patologias mais visíveis, para finalmente propor uma proposta de reabilitação com as soluções mais adequadas para a recuperação do imóvel.
O edifício está situado na Rua do Vilar em Ourense e tem uma única fachada. Antes da intervenção, tinha 3 andares, um térreo destinado ao comercial e dois andares superiores com uma moradia por andar.
Após um estudo preliminar das possíveis soluções de distribuição para as novas moradias, decidimos propor um edifício de dois apartamentos, que se desenvolve no térreo, nos dois pavimentos superiores e no último andar recuado 3 metros da fachada principal.
Na escolha das soluções técnicas, foram escolhidos sistemas que permitissem controlar o consumo de refrigeração e calefação, procurando alcançar um elevado controle energético, principalmente através de medidas passivas com o apoio de sistemas ativos energeticamente eficientes.
No térreo encontra-se o acesso, os serviços comuns do edifício e os anexos dos dois apartamentos. O primeiro pavimento é ocupado por uma moradia com um quarto, e uma moradia com três quartos desenvolve-se no segundo e terceiro pavimentos.
As soluções construtivas propostas caracterizam-se pela utilização de materiais tradicionais e locais, como o pinheiro, utilizado na estrutura e fachadas, e o castanheiro da carpintaria exterior e do pavimento. O edifício é caracterizado por um elevado isolamento térmico, uma elevada estanqueidade, uma instalação térmica de baixo consumo aerotérmico, com pavimento radiante, e ventilação mecânica controlada.
Tratando-se de moradias públicas de caráter social, consideramos imprescindível desde o início do projeto reduzir ao máximo o consumo energético das instalações, cuja fatura os futuros inquilinos deverão assumir. Assim, o objetivo final era construir um edifício de baixo consumo a custos acessíveis, com uma demanda energética muito baixa e eficiência acima dos padrões estabelecidos pela regulamentação.
