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Arquitetos: Hous3
- Área: 286 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Ivo Tavares Studio
Descrição enviada pela equipe de projeto. Da estrada avista-se a casa, numa pequena colina, de silhueta escura em nítido contraste com o seu ambiente natural, oferece-se uma vista ampla sobre Santo Tirso. As suas linhas simples são a reinterpretação do estereótipo da casa tradicional portuguesa, telhado de duas águas. Começou-se por defnir um eixo nordeste-sudeste no sentido longitudinal do terreno e orientado na melhor vista do local.
E nesta linear orientação dispõe-se o volume principal, numa reconfguração lúdica da casa tradicional, torna-se marcante na paisagem. Um volume menor, plano, é adossado a este, que além de vir a completar os requisitos programáticos da habitação é também ele uma alusão aos anexos que tradicionalmente são constantes acréscimos à casa principal.
Este volume afasta-se da entrada do lote para se criar uma espécie de átrio exterior de descompressão. E na simplicidade da composição destes dois volumes promove-se uma compreensão intuitiva dos espaços, convidando-nos a entrar. Em termos de distribuição do programa, o átrio de receção é o primeiro ponto de contato com a casa, conduz-nos às áreas central e comum da habitação: sala jantar, sala de estar e cozinha, espaçosos e generoso com muita luz natural promovido pelo espaço negativo, que é utilizado como o prolongamento da sala interior para o exterior, até à piscina e sala de jantar exterior, aproveitando-se o jogo rítmico de luz à tarde.
Este bloco central permite-nos ainda separar dois espaços que se queriam independentes: Para sudoesta, a área privada, um corredor distribui os quartos e um pequeno escritório, todos eles com espaços exteriores acessíveis através de portas de vidro equilibram as ligações visuais e físicas à paisagem de cada divisão. Para nordeste, as áreas técnicas da habitação e de trabalho, de pé direito duplo. Sobre estas duas áreas, a forma tradicional do telhado de duas águas permitiu que os espaços interiores fossem modelados para complementar a natureza dos programas, criando-se um local de leitura e estudo.
Pela simplicidade e relevância do seu design interior, de paredes claras, minimalistas e suaves, oferece-se um espaço de vida tranquila. Em contraste com o exterior escuro, onde a telha planta negra e o pinho juntamente com a forma simples do edifício cria uma silhueta gráfca marcante contra a paisagem. No conjunto, pela justaposição dos seus materiais da fachada, aproximamo-nos do natural, do belo, onde esperamos que os seus habitantes sejam felizes.