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Arquitetos: RAM Arkitektur AS
- Área: 26 m²
- Ano: 2016
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Fotografias:Sam Hughes
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Fabricantes: Moelven, Nyhuset Bruk, Varpin
Descrição enviada pela equipe de projeto. Espedalen é um vale situado no interior da Noruega, a leste do Parque Nacional de Jotumheimen, e é o lar da maior rota de migração de alces da Europa. RAM Arkitektur foi abordada pela comunidade local para projetar cinco intervenções arquitetônicas na região, com o objetivo de dinamizar o turismo na região. O projeto rapidamente se desenvolveu em torno de um esboço inicial de uma torre de observação de alces, com acomodações para seis pessoas, localizada em terras florestais públicas e no coração da rota de migração.
A torre de 12 metros de altura está localizada próximo a um pequeno rochedo, com fundação simples, perfurada diretamente na rocha para minimizar o impacto no ambiente natural. O edifício oferece acomodações de padrão básico, com camas simples de madeira, e não tem água encanada nem eletricidade. Os hóspedes devem levar seu próprio equipamento de acampamento, embora roupas de cama e alimentação possam ser fornecidas mediante solicitação. O aquecimento é fornecido por fogões a lenha, um em cada nível.
Todo o edifício é elevado a três metros do solo, com uma área de estar coberta aberta situada ao nível do solo. O primeiro pavimento é um quarto de 12m² com seis camas. Cada cama é projetada para fora do perímetro da estrutura principal e cercada por vidro para criar a experiência de dormir ao ar livre na natureza. O segundo nível é uma de estar com vista panorâmica da paisagem circundante, somando também a uma cozinha básica em um fogão a lenha. O nível superior é um mirante público e um banheiro com vista para a copa das árvores e combustão a gás. O quarto tem janelas envolventes em três lados, oferecendo uma vista panorâmica das copas das árvores, mas mantendo a privacidade. Verticalmente os quartos estão ligados por uma escada externa, o que permite o acesso ao público em geral ao terraço panorâmico. Esta foi uma das premissas para a concessão do alvará de construção em terrenos florestais públicos.
Devido à localização remota do local e a limitação do uso de maquinários pesados, a maioria do projeto foi baseado em elementos pré-fabricados. Cada elemento não deve exceder um tamanho que possa ser manuseado por duas pessoas sem a ajuda de maquinários pesados. Além disso, os elementos devem ser possíveis de serem transportados em scooter de neve nos meses de inverno, para reduzir ainda mais os danos à delicada flora na área ao redor da torre. Além das dificuldades, o projeto se inspira nas tradições de construção locais, de forma que o uso de toras com juntas de canto tipo cauda de andorinha foi escolhido como técnica construtiva, permitindo uma relação direta com a estrutura principal. Desta forma, o processo de construção também pode ser concluído diretamente a partir da estrutura principal. A madeira não é tratada e, à medida que envelhece, vai se misturar ainda mais com a natureza circundante. As grandes superfícies de vidro refletem o céu e a floresta, ajudando a torre a se misturar com o ambiente.
Esta inspiração na rica história local da construção com toras e seu princípio lógico de construção modular remete à escolha de um elemento da Varpin AS como chave do projeto, por conta de sua precisão e relação de custo-benefício. A construção em madeira não apresenta a necessidade de acumular camadas de material, é autossuficiente. É simultaneamente resistente à carga, isolante e acabamento externo e interno, sem a necessidade de tratamento ou manutenção posterior.
