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Arquitetos: MLeP
- Área: 150 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Fernando Guerra | FG+SG
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Fabricantes: CIN, Duravit, FRANCOMETAL, KUC/Binova, Sosoares
Descrição enviada pela equipe de projeto. Trata-se de uma construção destinada a habitação unifamiliar com um piso e 150m² de área encerrada, implantada sobre terreno com 8.200m² integrado em espaço agro-florestal, localizado em Torrões-Sesimbra, envolvido por uma densa floresta de pinheiros, a 900 metros da Praia do Meco e cerca de 45 minutos de Lisboa.
Apresenta uma solução perfeitamente adaptada à morfologia do terreno original, assumindo uma imagem exterior de carácter contemporâneo, cuja planta de geometria quadrangular se encontra resolvida compatibilizando o programa funcional com o sistema de vistas e orientação solar, configurando uma composição com volumes simples articulados através de superfícies opacas e grandes panos envidraçados.
Os volumes são compostos por paramentos exteriores em alvenaria dupla rebocada e pintada, lajes planas de betão armado com isolamento térmico em sistema de cobertura invertida, resultando numa imagem contemporânea, com grandes panos envidraçados e palas de sombreamento sendo proposta a introdução de um jardim de transição de modo a permitir a perfeita articulação entre os volumes que caracterizam a composição, definindo claramente o corpo destinado ao uso social e a zona mais recatada destinada aos quartos.
O acesso de viaturas foi pensado relacionando a morfologia original do terreno em confronto com as cotas altimétricas medidas ao eixo da via de acesso, sendo considerado a poente implantação de uma plataforma recuada, que antecede o muro de vedação frontal, de modo a permitir o estacionamento para viaturas de visitantes, garantindo uma aproximação mais segura para manobras de entrada e saída, sendo ainda considerados dois lugares de estacionamento no interior do lote.
Em termos formais, o objecto construído procura integrar-se no meio envolvente, recorrendo a uma linguagem plástica de carácter minimalista, com dois corpos articulados entre si através de um jardim, configurando volumes simples cujas diferentes alturas caracterizam a correspondente função e hierarquia dos espaços interiores, estabelecendo uma imagem equilibrada, conseguida através da leitura diferenciada dos volumes em harmonia com a envolvente exterior.
Procurou-se, assim, instituir um elemento arquitetónico de carácter contemporâneo, adequado ao tipo de uso, condições climatéricas e ambientais da envolvente, tendo sido implementadas soluções construtivas, materiais e acabamentos de qualidade, garantindo baixos níveis dos consumos energéticos, tendo em conta a utilização de energias renováveis, bem como pelas características das alvenarias, lajes, vidros e sistemas de protecção solar instalados.
