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Arquitetos: OPEN Architecture
- Área: 5372 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Jonathan Leijonhufvud, Qingshan Wu, Hao Chen
Descrição enviada pela equipe de projeto. Pinghe é o núcleo do mais recente projeto da OPEN - School as Village / Shanghai Qingpu Pinghe International School. Uma biblioteca, um teatro e uma black box para apresentações que se interligam como um quebra-cabeça chinês para formar este edifício característico que alguns chamam de "baleia azul", enquanto outros o veem como um transatlântico. A forma única do edifício e os espaços de fluxo livre não apenas cultivam o interesse dos alunos em leitura e atuação, mas também estimulam sua imaginação a vagar livremente no oceano do conhecimento.
O edifício está localizado em um cruzamento próximo a uma grande rodovia municipal e um antigo canal. O telhado inclinado com claraboias pontiagudas, as janelas redondas como um naivo e cor azul atraente deixam uma forte impressão nos transeuntes.
Quando recebemos o programa extenso e confuso de uma nova escola para 2.000 alunos de 3 a 18 anos, a reação imediata foi como seria terrível para uma criança passar tantos anos fechada em um prédio. Decidimos, portanto, romper com a tendência atual de escola como megaestrutura. Em vez disso, o programa original foi desconstruído e agrupado em muitos edifícios menores e distintos, formando um espaço semelhante a uma vila. A união da biblioteca com o teatro veio da crença do arquiteto de que o ato de ler e pensar extensivamente, e o ato de se expressar por meio de performances, devem ser componentes essenciais da educação, mas são frequentemente ignorados em sistemas educacionais baseados em provas e testes. As qualidades distintivas destes dois programas e as respectivas necessidades físicas inspiraram o desenho do edifício.
Acima e abaixo. O proscênio e a black box, que requerem menos luz natural e maior isolamento acústico, ocupam a parte inferior e a parte central profunda do edifício, enquanto a biblioteca ocupa a parte superior. Um ciclo de diferentes espaços de leitura sobe e desce de acordo com as diferentes alturas dos volumes do teatro abaixo, criando uma sequência espacial em terraço que culmina em uma área de leitura central que é cercada por livros e luzes.
Introvertido e extrovertido. A experiência da leitura é inevitavelmente introvertida e altamente pessoal. Pensando nos leitores desde os primeiros anos até os adolescentes, o arquiteto criou muitas zonas de leitura confortáveis de diferentes qualidades. Um jardim rebaixado na cobertura oferece às crianças ar fresco com uma área de leitura ao ar livre quando o tempo permite.
A experiência de se apresentar em teatros, por outro lado, é extrovertida e emocionante. A entrada principal do teatro é onde o edifício é "cortado" diagonalmente para formar uma abertura teatral. A sobreposição de painéis de madeira quentes e paredes de um azul marcante criam um auditório visualmente estimulante. O café no térreo também desempenha um papel importante. Durante os dias letivos, os pais que esperam as crianças podem ler e socializar neste espaço.
Luminosidade e escuridão. A luz é fundamental para o desenho da biblioteca, não só atendendo às necessidades funcionais, mas também dando forma aos espaços e animando-os com ritmo musical. Abundantes claraboias no telhado inclinado trazem luz para a área de leitura central, um óculo gigante no teto ilumina o próprio centro de uma forma quase espiritual, formando um espaço central emocionalmente marcante. Enquanto no teatro, a luz natural é totalmente evitada e a iluminação artificial foi cuidadosamente projetada para atender aos requisitos funcionais.
Em certo sentido, esse espaço foi concebido de forma mais ampla como um centro cultural não só para a escola, mas também para as comunidades vizinhas. Cuidadosamente implantado próximo à entrada secundária do campus, o prédio pode ser usado de forma independente sem perturbar a administração do campus. A esperança do arquiteto era que o edifício se tornasse o dinamizador social que reúne pais e membros da comunidade.