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Arquitetos: Krisna Cheung Architects
- Área: 60 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Peter Bennetts
Texto de Shu Shiung Low. Após Melbourne enfrentar uma pandemia global, podemos ter uma melhor avaliação do potencial de mudança mundial de viralização de uma ideia. Este projeto representa um esforço para escalar uma tipologia por meio de sua repetição viral, mantendo a qualidade arquitetônica, com imaginação e diversão. Apesar de não ser um projeto independente, a casa se torna única, já que é uma progressão orgânica de um projeto anterior bem-sucedido, sendo indiscutivelmente mais representativa da prática arquitetônica do mundo real. Em 2016, aceitamos com gratidão o Prêmio ArchiTeam na categoria edifícios comerciais, por nosso Studio Garage, um projeto eliminador de barreiras, que aborda uma solução arquitetônica para o problema de trabalhar efetivamente em casa, em uma época, que tal prática ainda era relativamente um luxo reservado aos executivos com influência suficiente para negociar acordos de trabalho flexíveis, ou pequenos empresários em áreas criativas, como músicos ou arquitetos.
Na era Covid, "trabalhar em casa" eliminou sem cerimônia tais conceitos, tornando necessário o espaço funcionalmente separado de um local residencial dedicado a atividades comerciais ou profissionais, não um luxo, mas quase uma necessidade. Nosso estudo contínuo desta tipologia é um exemplo de como nos envolvermos arquitetonicamente com essa fusão forçada de ambientes residenciais e comerciais.
Este novo projeto, que caprichosamente batizamos de "Color Shingle", recebe atenção por estar bem ao lado do Studio Garage, resultando em olhares cobiçados dos vizinhos, evidência do poder viral de uma ideia executada. (A propósito, o vizinho do Studio Garage também solicitou um projeto similar a este.) Esta tipologia de projeto comercial de quintal, não é a única que concluímos - temos explorado e desenvolvido esse modelo em locais residenciais estreitos em North Melbourne, incluindo nosso 'escritório residencial Cubby' - mas é único pelo fato de estar ao lado de uma obra anterior.
O desafio deste projeto era desenvolver uma construção já bem-sucedida, de forma que não fosse criada apenas uma cópia, enquanto algo ainda é configurado e complemente a arquitetura original adjacente. Para esse fim, fizemos a mesma escolha de composição chave, de forma a transformar a parede externa em uma fachada não estrutural e semitranslúcida, inserindo o vão da escada entre a nova parede falsa.