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Arquitetos: SZA d.o.o
- Área: 14034 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Filip Beusan
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Fabricantes: ALPOLIC, Dorma, Gutta, HUECK, Jansen, Schüco, Stöbich, Warema, Zumtobel, dormakaba
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto do Centro de Aprendizagem e Inovação do Sudeste Europeu estabelece seu próprio mundo, igualitário e autossuficiente. O interior é inesperado, aberto e fechado, o edifício pertence tanto à rua, quanto à habitação. O projeto cria uma densidade que permite que os programas e funções coexistam no espaço e no tempo, passando por muitas mudanças ao longo do dia.
A morfologia da cidade, com cubos e traços verdes espalhados pela área definem a escala e a velocidade do projeto. O edifício Seecel está localizado em Novi Zagreb, ao longo da avenida principal da cidade, em um bairro residencial, arborizado e que traz conforto e qualidade de vida aos cidadãos. Esta localidade dita os parâmetros básicos e determina os critérios de implantação deste edifício.
O programa do edifício Seecel define um complexo de escritórios altamente dinâmico, juntando conjunto de escritórios, um centro de aprendizado e um hotel. A combinação desses três programas resulta em uma estrutura víva que abrange uma ampla gama de atividades durante todo o dia.
Este complexo é uma resposta à escala existente, não há limites claros do que é interior e o que é exterior. A densidade constrói uma experiência espacial e une todos os programas com uma única regra. Essa ordem recém-estabelecida transforma a diversidade de funções em um conjunto comum, o qual estabelece dois universos paralelos. Independentemente do fato de que o objeto é igual em todos os lados, ele ainda tem um começo e um fim.
O edifício do Centro de Aprendizagem compreende uma sequência progressiva de volumes, de dimensões em expansão. Ao aplicar um sistema de expansão de volumes fechados, diagonais no espaço, é estabelecida a relação entre a área de chegada e os outros programas, divididos em várias outras áreas. O projeto desdobra-se através do vazio da área de chegada, assumindo uma qualidade mais densa na zona de organização interna. Uma estrutura dinâmica é estabelecida, empregando as relações entre cheios e vazios, aberto e fechado. O edifício é também é organizado verticalmente, os pavimentos superiores de escritórios e o hotel estão dispostos inversamente em relação aos três primeiros pavimentos. Isso permite que a abertura e amplitude dos espaços inferiores sejam contrariadas com a densidade e ocupação superiores, com tudo invertido no segundo andar. Essa interação espacial de luz e sombra soma todos os conteúdos predeterminados em um sistema funcional espacialmente único, sobrepondo inversamente duas plantas idênticas e criando um mundo inferior e um superior, conectados verticalmente, mas com dois sistemas funcionais diferentes. A parte inferior abriga a área de entrada com espaço para buffet e centro educacional, enquanto acima do terceiro pavimento foram implantados cubos de escritórios interligados entre si.
A dinâmica da estrutura interna, criada a partir do trabalho, do estudo, da socialização e da permanência, permite uma reflexão sobre as características elementares do complexo. O projeto remete a uma pequena cidade, formada por casas e ruas, o que destaca a relação dentro e fora. A estrutura do edifício adere à estrutura subjacente das relações espaciais. A parte inferior é composta por paredes, lajes e vigas de concreto. A parte superior é mais leve, em concreto com revestimento de alumínio. Os dois sistemas construtivos se sobrepõem parcialmente em um ponto, garantindo a unidade espaço-construtiva. O sistema de cobertura é simples, composto por um conjunto de vigas colocadas nos cubos superiores. O interior de todos os cubos de concreto é revestido de madeira.
A construção inferior é de concreto, enquanto a parte superior é leve, reflexiva, parcialmente aberta. A cobertura fica à deriva de praticamente todos os lados, contribuindo assim para a qualidade dos futuros espaços, proporcionando sombra e menor exposição da fachada externa à insolação excessiva e preservando energia. A linha de demarcação das duas estruturas sobrepostas cria um contraponto de perspectiva. A sequência dinâmica, uma série de volumes fechados, se entrelaçam espacialmente, formando seu próprio horizonte.