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Arquitetos: Paradigma Ariadné
- Área: 20 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Balázs Danyi, Marietta Varga
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Fabricantes: Line X
Descrição enviada pela equipe de projeto. Os conjuntos habitacionais modernistas são costumeiramente rejeitados, como o edifício Haszkovó na cidade de Veszprém, Hungria. Suas histórias são entendidas como histórias de desenvolvimentos urbanos fracassados, eles são cinzentos, tristes e sem alma. Pode, entretanto, algo cinza e sem alma fornecer um lar a 20.000 habitantes? Em vez de permitir que nossos preconceitos direcionem nossa visão sobre os conjuntos habitacionais modernistas, seria possível reconsiderar nossos relacionamentos e pensá-los como “cidades reais” e completá-los com ideias criativas?
Este projeto colaborativo de cinco estúdios aplica o conceito de “artefato urbano” estabelecido pelo arquiteto italiano Aldo Rossi em seu livro de 1966, A Arquitetura da Cidade. O artefato urbano é um elemento que se caracteriza, antes de mais nada, não pela função, mas pelo tipo. Está fortemente ligado à história da cidade, que continuamente o conforma. Assim, um objeto complexo-estratificado, quase artístico, cheio de significado e apontando para além de si mesmo, surge no tecido da cidade. A concepção de Rossi sobre isso é uma inversão da abordagem modernista, segundo a qual a nova arquitetura define a cidade, e não a cidade que define a nova arquitetura.
Por ocasião da Veszprém Design Week 2019, este projeto colaborativo convidou os visitantes a vivenciar uma possível maneira de mudar o estado atual de Haszkovó com a ajuda de cinco artefatos urbanos portáteis e duráveis.
Esses cinco objetos serviram de mobiliário exterior lúdico. Sua qualidade arquitetônica eles também nos ajudam a ver Haszkovó como algo semelhante a um belo centro histórico em qualquer cidade histórica. No centro de Veszprém, por exemplo, estes objetos são comuns, são os locais “onde nos encontramos antes de uma festa” ou locais “onde demos o primeiro beijo”. A ‘Torre de Vigilância do Fogo’, a ‘Estátua de Zsuzsi’ ou o ‘Relógio’ também são conhecidas como peças do ambiente urbano em Veszprém. Este projeto dá a chance de definir outros objetos únicos em Haszkovó que também podem se tornar importantes no futuro.
Em 2018, a exposição 12 Walls foi a primeira etapa de um projeto colaborativo internacional maior. Naquela época, os arquitetos emergentes contemporâneos observavam e apresentavam o problema da ornamentação. Em 2019, esta exposição convidou cinco outros estúdios e arquitetos emergentes da Grécia, Reino Unido, Itália, Espanha e Hungria para apresentar o problema dos artefatos urbanos.