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Arquitetos: Demo Arquitectos
- Área: 340 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Javier Araneda
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Fabricantes: AutoDesk, Danpal, Maestranza Matec, Timber Ingenería y Construccion, Trimble Navigation
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto trata da construção de um pavilhão localizado na cidade de Marchigüe, O'Higgins, Chile, para a Agrupación de Artesanas Ruta de la Lana Región de Ohiggins. Ele vai expor seu trabalho, o processo de produção artesanal da Lã Merino e também será um ponto de venda dos produtos.
O agrupamento das artesãs tem como objetivo reavaliar o processo artesanal de produção da Lã Merino na VI Região, promovendo assim o desenvolvimento do artesanato das tecelãs como patrimônio do país. Isso motiva grande parte das tecelãs da região a se especializarem na produção de tecidos em Lã Merino, o que reforça o projeto e o torna parte fundamental no roteiro turístico do Vale de Colchagua. O Centro de Extensão Lana Merino é o trabalho que culmina essa jornada, ao reunir os tecelãs da região em um só lugar e expor seu artesanato com todas as etapas produtivas que envolve.
A Incubadora de Inovação de Vinhos e Azeitonas (IIVO), localizada em Marchigüe, é o local do projeto. Corresponde a um centro de trabalho para diferentes profissões como um todo, que são relevantes e caracterizam o Vale de Colchagua.
A proposta do Centro consiste na criação de um espaço que permita às artesãs de lã exporem o seu artesanato, desde a obtenção da matéria-prima até à produção do produto acabado, tendo também um local para a venda das suas obras. A partir deste slogan, a edificação foi concebida de forma linear com os espaços associados a cada etapa do processo de produção da lã. Pretende-se que o visitante possa perceber, através da história e da amostra prática de forma cronológica, a forma como uma confecção de lã se desenvolve desde a sua origem.
O programa está organizado nas diferentes etapas da produção: armazenamento, serviços, recepção, produção e venda. A edificação foi construída com base em um desnível de 8m x 40m, e foi projetada como um galpão de madeira, relacionado às construções na área associada à atividade agrícola. A utilização de madeira laminada responde à necessidade de adaptabilidade e amplitude de espaço, graças a isso é possível ter dimensões superiores às comerciais e assim cobrir vãos maiores. Por último, o revestimento exterior semitransparente utilizado, para além de permitir uma luminosidade interior homogénea que funciona no cotidiano da oficina-exposição, destaca a iluminação como marca ou marco na paisagem em que se insere.