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Arquitetos: Actual Architecture
- Área: 2575 ft²
- Ano: 2019
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Fotografias:Dennis Radermacher
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Fabricantes: Colorcote, Easiroll, Escea, Fisher & Paykel, Foscarini, Haro Flooring, John Fairweather Specialty Timbers, Newtech
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizada em um pico isolado com vistas para os Alpes ao Sul da Ilha Sul da Nova Zelândia, a residência de três dormitórios Wanaka Wedge complementa a dramática paisagem de Otago Central. Seu exterior geométrico esconde um interior complexo e lúdico. Aberturas assimétricas contrastam com a forma simples e regular da casa, respondendo às vistas do entorno, que são proporcionalmente dosadas no espaço interno. O exterior da casa é revestido por painéis metálicos escuros e corrugados, que remetem à contemporaneidade da arquitetura local neozelandesa. O volume da garam, em contraste, e a adega, são revestidos por um metal cinza claro que se relaciona também com a cobertura.
A escolha das cores passaram por um processo de aprovação rígido e seguir diretrizes que especificam limites de albedo e matiz. No interior, eucalipto fresado faz o revestimento do piso, paredes e teto, separando os espaços coletivos, dos privativos, conferindo aconchego para o interior. Painéis deslizantes, portas cegas e elementos ocultos permitem conexões internas inesperadas. As paredes brancas destacam uma coleção de arte contemporânea e os materiais se somam de forma simples. Gramíneas e plantas nativas estão restaurando gradualmente a paisagem deste antigo pasto de ovelhas.
Os moradores são musicistas internacionalmente reconhecidos, e trabalham com regência e violino, de forma que, o refinamento e a precisão em todos os aspectos do projeto são fundamentais. Para o casal, a casa é um santuário em meio a sua vida agitada, é um lugar para refinar sua arte, cozinhar, saborear vinhos, ler, ouvir música, exibir uma extensa coleção de arte contemporânea da Nova Zelândia e contemplar uma das paisagens mais dramáticas do país.
O processo pelo qual essa casa surgiu parte de um protótipo projetado pelos arquitetos, originado em um local na costa do Maine, para ser adaptado a diferentes locais. Aqui, a especificidade do local é reconsiderada, e o projeto se adequa ao local. Para os proprietários, o protótipo e seus desenhos de desenvolvimento elaborados pelos arquitetos e já concluídos, foi uma medida de economizar custos. Nesse processo, o arquiteto foi também um desenvolvedor de produto e avaliador do local, atuando em todo o processo, desde a seleção do local, a modificação o protótipo, o detalhamento dos acabamentos, até o processo de construção.
Os materiais e os sistemas construtivos foram selecionados para atender às metas de sustentabilidade e para satisfazer as metas de projeto, destacando acabamentos e artesãos locais. Os arquitetos substituíram as paredes SIP (composto por EPS, cola estrutural e OSB) do protótipo por uma estrutura de madeira LVL com forte isolando para evitar a importação de materiais que consome muita energia. O piso térreo de concreto polido (que usa como agregado seixos do rio das redondezas) é aquecido no inverno com um sistema hidrônico radiante.
O piso superior com estrutura de madeira também inclui calefação em sua estrutura. As janelas em lados opostos da casa proporcionam ventilação natural durante a maioria dos dias, enquanto um ventilador que acessa toda a casa libera o calor e puxa o ar frio do pátio inferior. O desempenho térmico excede os padrões da Nova Zelândia para uma casa unifamiliar.