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Arquitetos: Buso Estúdio, Pedrisco
- Área: 320 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:André Mortatti
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Fabricantes: Louis Poulsen
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Residência RMS está localizada na Vila Beatriz, um agradável bairro residencial da cidade de São Paulo. Ligeiramente afastado de edifícios altos, recebe uma excelente insolação e agradável ventilação. A obra apresentada aqui partiu da reformulação geral de uma residência construída nos anos 60, com um layout de sua época. Ou seja, diversos cômodos separados entre si.
A demanda original consistia em 5 pontos fundamentais: . Melhor aproveitamento do lote; . Espaços integrados; . Aproveitamento do potencial da iluminação e ventilação natural; . Integração da iluminação natural c/ a artificial; . Transformação da cobertura em Laje jardim; Foi necessária uma reformulação total da construção. A casa original era toda apoiada em paredes estruturais, que delineavam os cômodos.
Todas foram removidas, exceto a que faz divisa com a casa geminada ao lado. A residência recebeu uma nova estrutura, pilares e vigas metálicas que possibilitavam a integração dos espaços, bem como a mudança geral do layout. No térreo, permaneceram garagem e jardim. As dependências foram transformadas em sala de estudos. De lá, parte a escada que liga térreo, 1º e 2º pavimento, toda internamente. O 1º pavimento foi todo integrado. Com a escada, agora, no centro longitudinal da casa. A cozinha, por sua vez, foi trazida para a fachada principal e abre para uma varanda. A sala foi relocada para os fundos da residência, abrindo para o quintal, onde um bonito pé de Jasmim Manga foi plantado.
Um grande banco de ardósia se desenvolve desde a sala de jantar, ligando todos esses ambientes internos com o quintal, terminando na escada de acesso a laje-jardim, que convida a uma vista excepcional da região. No 2º pavimento ficam a suíte, um quarto, um banheiro e o jardim interno. Os banheiros foram transferidos para a fachada junto a parede entre casas geminadas. Sendo assim, foi criado um banco-lanternim que atravessa a laje do terraço jardim, trazendo a iluminação e ventilação natural para os banheiros e servindo de um grande banco para o terraço.
O terraço abre-se para uma vista impressionante de uma parte do “espigão” paulistano, com sua cena típica dos grandes edifícios que se sobrepõem, mas com um generoso pedaço de céu. O melhor aproveitamento do espaço da casa só foi possível pelo desenvolvimento integrado da arquitetura como um todo, sem distinção entre interior e exterior. Todos os armários foram projetados. Um mural, na ligação vertical entre escritório e cozinha, valoriza a bonita luz que ali entra pela manhã, além do prazer visual proporcionado por essa composição artística.
Os demais revestimentos (pisos e pintura, etc.) buscaram valorizar e amplificar a luz, além de trazer o conforto para cada ambiente com seu tipo de uso. Ao cair da tarde é possível transitar gradativamente da luz natural para a artificial através de uma agradável iluminação indireta com dimerização instalada nos ambientes. Ao mesmo tempo que a iluminação direta foi devidamente escolhida para as diversas atividades, como estudos, lazer, momentos gastronômicos, etc.