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Arquitetos: Mecanoo
- Área: 15 m²
- Ano: 1998
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Fotografias:Ossip Architectuurfotografie, Greg Holmes Photography
Campus. O terreno fascinante da nova biblioteca, no campus da Universidade de Tecnologia de Delft, que data dos anos 1960, é ofuscado por um grande auditório brutalista de concreto, projetado por Van den Broek & Bakema. A universidade buscava uma atmosfera de unidade para o campus, com gramados com flores e árvores onde alunos e professores possam se encontrar informalmente em grandes escadas. Uma biblioteca moderna funciona principalmente por meio de computadores, a maioria dos livros são armazenados em depósitos. É um edifício onde a técnica é exposta, e desta forma, o programa foi formulado.
Vidro e grama. O auditório Van den Broek & Bakema se assemelha a um enorme sapo na grama verde. O vasto gramado é elevado em uma das extremidades, como uma folha de papel, moldando o telhado da nova biblioteca. A cobertura verde é de livre acesso para caminhadas e descanso, configurando uma nova comodidade para todo o campus.
A cobertura é sustentada por esbeltas colunas de aço em um grande salão fechado por paredes inclinadas totalmente envidraçadas. A base da encosta é marcada por uma larga escadaria que conduz a um acesso recuado. Um enorme cone perfura a superfície verde. Apoiado em colunas de aço inclinadas, o cone abriga quatro pavimentos, com espaços para estudos tradicionais conectados por uma escada helicoidal. No interior do cone, um vazio central fornece a luz natural, vinda de um telhado envidraçado, iluminando os espaços de leitura internos. Estendendo-se quarenta metros acima do nível do solo e iluminado à noite, o cone atua como um farol no campus, dia e noite.
A nova biblioteca se revela uma construção de vidro e grama. Um edifício do futuro, onde 300 dos 1000 locais de estudo estão equipados com terminais elétricos. As condições do ‘eixo eletrônico’ foram atendidas, mas também há espaço suficiente para vivenciar e sentir os livros.
Estante de livros suspensa. O interior da biblioteca é caracterizado por uma enorme amplitude, graças, ao grande salão central. A atmosfera no edifício é calorosa, o piso tem a tonalidade do deserto do Saara e os móveis foram fabricados em aconchegantes painéis de MDF. Os livros mais solicitados foram organizados em uma estante de quatro níveis, disposta em frente a uma parede posterior azul. O forro de metal duro é suavizado pela luz vinda das colunas. A parte inferior dos pilares é constituída de gradis perfurados, pelas quais o ar quente é soprado para o interior do edifício. Através de fachadas envidraçadas e paredes internas, um colar envidraçado foi posicionado ao redor do cone e da cobertura envidraçada no vértice da forma, permitindo que a luz do dia penetre profundamente no edifício. A transparência assim criada torna o edifício luminoso e perceptível.