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Arquitetos: Ostertag, Schuberth und Schuberth, Stadler Prenn
- Área: 12000 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Christoph Panzer
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Fabricantes: Hansgrohe, Admonter Parkett, Apavisa, Atlas Schindler, FLOS, Fritz Hansen, IGP Powder Coatings, Kvadrat, Laufen, Mirrorinox, NBK North America, Peneder, Schüco, VitrA, Weitzer Parkett, Wever & Ducre, Wittmann, XAL, Zumtobel
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto do Edifício Corporativo Rathausstraße 1 foi o ganhador de um concurso de arquitetura de 2013 com seu conceito que prevê a integração de um edifício de escritórios urbano em um ambiente histórico, tendo uma abordagem distinta e contemporânea. Apesar de sua aparência monolítica, é possível verificar um grid de interações com o contexto. O edifício traz três parâmetros analíticos, profundidade, material e detalhamento, os quais refletem de forma mais proeminente no revestimento externo da fachada.
A galeria coberta que abre para a rua, o mezanino e a cobertura trazem para este projeto corporativo as graduações de casas estilo Wilhelminian, vistas em seu entorno. Os pés direito altos, os espaços atrativos e uma fachada sofisticada são respostas da demanda que apontava a necessidade de criar um edifício de longa duração, que pudesse também acomodar adaptações ao longo do ano. Internamente, um generoso saguão central que direciona ao pátio interno fechado por uma cobertura de vidro. As alas de escritórios são estruturadas por um layout flexível que pode ser usado tanto como uma planta aberta, quanto com repartições, enquanto que a fachada dupla, climaticamente trabalhada, melhora o conforto individual por janelas que podem ser abertas.
Os limites do volume são formados a partir do alinhamento do terreno, relacionado com seu entorno, enquanto na implantação também foram utilizadas estratégias das ‘casas wilhelminian’. No térreo, uma galeria se abre para uma estreita passagem de pedestres e faz a volta pelo edifício chanfrando as pontas, enquanto mantém o alinhamento dos edifícios vizinhos.
Para amparar a ideia de monocentralidade, que é considerada uma característica própria do tecido urbano histórico de Viena, o qual é patrimônio da humanidade, o lado norte do edifício foi deslocado quatro metros para dentro do alinhamento, buscando manter a vista para a Catedral de Santo Estêvão como parte simbólica do centro histórico de Viena.
O grid estrutural da fachada se adapta às suas vizinhas "casas wilhelminian’ tanto na escala quanto na estrutura. Faixas horizontais, incisões delicadas e vidro de camada dupla substituem as históricas cornijas. Além disso, dois pavimentos são vistos como uma unidade, e dessa forma, o piso térreo e o mezanino estabelecem a base do edifício.
Uma característica essencial de projeto dos pavimentos superiores é o sofisticado sistema de dupla fachada. Constituído por uma placa deflectora voltada para a rua e janelas de guilhotina no interior, o espaço entre os vidros é ventilado por meio de incisões nos pilares e vigas. Este sistema de janela de camada dupla estendida serve como outra tradução contemporânea sutil de detalhes clássicos e históricos vienenses. É uma reminiscência das janelas vienenses típicas chamadas “Kastenfenster”.
O projeto também se destaca por aproveitar 90% do antigo edifício, o que faz com que seus materiais entrem no ciclo de reaproveitamento de material.