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Arquitetos: Chevalier Morales Architectes
- Área: 580 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Adrien Williams
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Fabricantes: Focus
Descrição enviada pela equipe de projeto. Projetada para um casal e seus dois filhos, a residência de l'Isle é uma reinterpretação das casas americanas modernas de meados do século XX. Esta casa unifamiliar, construída às margens de um rio, nos subúrbios ao norte de Montreal, é o resultado de um diálogo arquitetônico com a produção arquitetônica da época. Escondida atrás de uma fileira de pinheiros altos e maduros, sua localização permite que a vegetação natural existente se torne parte integrante do projeto, otimizando a vista para o rio.
O quadrado perfeito 100 x 100. Revisitando alguns elementos arquitetônicos chave do modernismo de uma maneira contemporânea, a geometria do piso, da cobertura, dos móveis de madeira integrados e dos revestimentos de alvenaria foram todos reinventados. A garagem, um símbolo de uma época em que os subúrbios e os automóveis significavam progresso e entusiasmo, está diretamente integrada a casa, que por sua vez, configura um quadrado perfeito de 30 metros. A questão da privacidade versus aberturas, crucial na década de 1950, produz uma resposta através de dois pátios retangulares, que foram inseridos no volume, trazendo luz natural para o coração da residência, de forma a integrar também o quintal dos fundos e a piscina. Esses espaços externos que foram extrudados da massa inicial também servem para definir e estruturar a geometria do espaço interno do projeto. O quadrado de 30 metros está, portanto, em contato com um espaço exterior ordenado colocado no primeiro plano do cenário natural, que permanece intacto além dos limites da casa.
Integração na paisagem. A localização da residência permite reintegrar os alinhamentos pré-existentes do terreno e assim conservar o maior número possível de árvores existentes. Grandes árvores coníferas foram então plantadas no coração do primeiro pátio ajardinado, que permite o acesso de veículos. A distribuição programática dos espaços internos leva em consideração a relação com a rua, com o rio, a orientação solar e as necessidades específicas dos habitantes. Além disso, a área da sala foi rebaixada alguns degraus e um volume de vidro foi instalado na cobertura. Embora inicialmente projetada como uma casa térrea, o volume cria uma variedade de experiências espaciais.
O eixo norte-sul da construção abriga os espaços mais íntimos com necessidade de privacidade, enquanto os espaços sociais estão espalhados ao longo do rio, criando assim uma forte ligação com a evolução cotidiana da paisagem envolvente. A posição da garagem permite minimizar a presença da residência para a rua, enquanto cria um eixo claro, que delimita a entrada principal. O ambiente segue o mesmo eixo da via de acesso pré-existente, mitigando assim o impacto no local e na sua paisagem natural. A vegetação abundante proporciona privacidade aos moradores, ao mesmo tempo, em que oferece um contexto verde e natural para o bairro.
Materialidade. Uma paleta de materiais, combinada com a cor da casca natural das árvores, permite integrar a nova construção, tom sobre tom ao seu entorno. Materiais naturais, incluindo os tijolos de argila (parede), a madeira (mobiliários) e a pedra (piso natural), tiveram preferência. Chapas de latão foram adicionadas ao projeto como um revestimento metálico. Na fachada frontal, uma grande janela saliente cria um fluxo visual para o rio, além de acentuar a sensação de pavilhão do projeto.
O mezanino, que permite aos moradores usufruir de uma vista adicional para o rio, serve para acentuar a composição e romper a horizontalidade da residência. Algumas áreas da cobertura foram cobertas por uma membrana granular branca enquanto outras foram ajardinadas, oferecendo um ambiente verde e ameno para a cobertura. A ênfase geral de uma abordagem de projeto sustentável foi aprimorada por meio da incorporação de poços geotérmicos, que fornecem aquecimento e ventilação para a residência.