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Arquitetos: LAMZ Arquitectura
- Área: 593 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Onnis Luque
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Fabricantes: DuPont, Adobe Systems Incorporated, AutoDesk, CHOVATEK, Cemex, Chaos Group, Fester, GRAPHISOFT, Helvex, Lincoln, S.L. LIGHTING, Tecnolite, Trimble Navigation, Tuboplus
Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto nasceu da necessidade de consolidar a produção de seda no estado de Oaxaca, na comunidade de maior tradição nessa atividade, San Pedro Cajonos, na Serra Norte do estado. Devido à topografia da região, o projeto consistiu em buscar a forma correta de implantar cada volume do programa, para assim criar um circuito que apresenta dois caminhos, um perpendicular ou um diagonal à série de plataformas. A fim de respeitar ao máximo as árvores pré-existentes e criar um conjunto de rampas que atenda à inclinação apropriada para ir de um volume para outro, entre cada plataforma buscamos correlacionar o entorno interior-exterior e enquadrar a paisagem, além de gerar uma transição adequada entre cada laboratório, já que cada um tem características diferentes de temperatura e umidade.
A solução da diagonal para as curvas de nível nos permitiu adotar um critério funcional muito interessante: produzir uma malha triangular no solo, que poderia aumentar ou diminuir em cada espaço de acordo com sua função e localização na planta, e assim gerar um conjunto de arestas tanto na parte interna quanto externa, que estabelece uma certa tensão entre cada um dos diferentes volumes.
A escolha do material tem duas conotações importantes no projeto. A primeira responde diretamente a uma malha estrutural que tem a função de cobrir os grandes vazios, gerando transparência e leveza na transição dos elementos nesta volumetria, e a segunda é a busca do melhor comportamento do material ao longo do tempo, tanto pelo fato de tratar-se de um edifício público, que requer baixo custo de manutenção, quanto pela intenção de amalgamar o edifício ao seu contexto natural.
O acesso de pedestres, - uma passarela de tijolos - leva à porta principal e a um acesso secundário em forma de rampa que leva aos terraços da cobertura. As circulações internas permitem o trânsito de pessoas com deficiências motoras, tendo à mão uma exposição de objetos históricos utilizados de forma artesanal que permitem observar diferentes processos de criação dos bichos-da-seda, bem como a própria seda.
Uma vez que as coberturas dos volumes são conectadas por pontes e lajes inclinadas apropriadas para o tráfego de pedestres, cria-se uma rota possível entre as copas das árvores que são abraçadas para o centro do programa e o cercam, privilegiando a vista ao leste, onde se pode ver diretamente a Serra Norte do estado.