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Arquitetos: DFArquitectos
- Área: 3000 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Jaime Navarro
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Fabricantes: Atlas Schindler, AutoCAD, Cemex, IPSA, Lumion, Mabe, Nordlux, Philips, Revit, SketchUp, Tecnolite
Descrição enviada pela equipe de projeto. No coração da Cidade do México encontra-se um dos bairros com mais história, tradição e antiguidade, o bairro San Rafael, caracterizado por seus famosos teatros, restaurantes tradicionais, áreas verdes e um grande número de edifícios classificados pelo patrimônio cultural, e que com sua localização estratégica, perto das principais avenidas de maior poder econômico e crescimento, como o Paseo de la Reforma, fizeram dele um dos bairros de crescimento mais rápido nos últimos anos, onde cada vez mais esse comércio informal começa a se organizar, os monumentos esquecidos começam a ganhar força, e as antigas mansões começam a brilhar ainda mais.
O projeto propõe uma construção de 14 moradias, todas com espaços integrados no contexto, procurando que ambientes interiores encontrem aquela visão específica ou ligação com o exterior, sem esquecer o passado. Aproveitar a iluminação natural para atingir todos os espaços, a utilização de acabamentos aconchegantes e a mistura de materiais aparentes são gestos que tornam o espaço agradável de se habitar. A conectividade entre os apartamentos, ligados por pontes exteriores, imitando o conceito daqueles antigos bairros, onde as pessoas conviviam e se conheciam, é hoje uma referência em fazer arquitetura, ainda mais nestes tempos de distanciamento físico. Encontrar e retomar essa harmonia que caracterizava os nossos antigos edifícios, que agregou valor à sociedade e concretizou essa relação entre os usuários também foi uma premissa para o projeto.
A ideia foi retomar essa arquitetura que apresentava uma simplicidade de elementos na fachada, conseguindo harmonia entre eles, adaptando-se ao contexto imediato, mas sobretudo ao terreno e o mais importante, surpreendendo locais e estranhos no seu interior que, cruzando os espaços designados para as áreas comuns e sociais, chega-se inesperadamente a um grande pátio central, onde a privacidade se torna um paradigma, onde a convivência retoma a sua história. Este grande pátio central que convive com os 14 apartamentos, com áreas comuns, com terraços e com entradas, arquitetura de bairro.