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Arquitetos: Florian Busch Architects
- Área: 77 m²
- Ano: 2021
Descrição enviada pela equipe de projeto. Enquanto o excesso de intenção frequentemente leva a réplicas desnecessárias da vida cotidiana das quais tentamos escapar, o desejo para este projeto foi, assim como o terreno, encorajadoramente modesto: um pequeno abrigo para uma família urbana passar seus finais de semana.
Vizinhos - Quando o visitamos pela primeira vez, compreendemos porque é que o briefing não mencionava as vistas. Elas estavam tão ocultas quanto pareciam óbvias na análise preliminar. E, no entanto, elas podem e devem definir a vida nas férias aqui.
As vistas são obstruídas por edifícios vizinhos, que são - com quase nenhuma exceção - monótonos. Por que ninguém está interessado, mesmo que vagamente, em uma arquitetura que explora os arredores? É muito esforço? Parece muito óbvio para se ignorar. Boas intenções e superficialidade levaram a diretrizes e regras focadas em gráficos de Munsell e ângulos de telhado em vez de substância.
Compromisso e estratégia- o tamanho do terreno é típico da região: cerca de 600 m² proporcionarão verde o suficiente para contrastar com a densidade da cidade que foi deixada para trás. Mas não o suficiente para esquecer o seu redor. É um empreendimento típico 別 荘 (‘* besso *’): Aqui, qualquer encontro com a 'natureza' significa compromisso. Na verdade, remetemos mais aos subúrbios do que um abrigo recluso. Enquanto a vegetação exuberante sempre está perto, o mesmo acontece com as casas vizinhas e entre elas as vistas ocultas para o oceano e algumas montanhas não muito distantes. (Apenas 2,5 km ao norte está a Omuro, uma montanha famosa por fazer sua 'barbeação' anual há 700 anos pelo ritual de queima da grama seca que dá espaço para o novo). Para encontrar a felicidade nesse ambiente é preciso estratégia.
Esconder e mostrar (de platô a platô) - Quando a região foi transformada em um resort residencial, os incorporadores abriram pequenas estradas na montanha. E, com isso, criou-se locais de difícil acesso em planaltos acima das estradas. O terreno fica em um desses planaltos. Estamos localizados a uns bons cinco metros acima da estrada, mas também há casas atrás de nós. Embora protegidos das vistas laterais voltadas para a estrada, precisávamos encontrar maneiras de nos esconder nos outros lados e, igualmente importante, admirar os recursos naturais à distância.
Estadias curtas - A brevidade prevista para cada estadia nos dá liberdade. Estamos aqui apenas por alguns dias. Isso significa que coisas que normalmente seriam consideradas inconvenientes podem se tornar completamente plausíveis, talvez até desejáveis.
Degraus sob um guarda-chuva - Continuando a escada íngreme e estreita que nos elevou desde a rua, a casa se desdobra em uma série de degraus em torno de uma coluna central. No final desta coluna, o teto parece um guarda-chuva aberto. Ao nível do solo, o interior estende-se por um amplo terraço e pelo terreno à sua volta. À medida que subimos, alguns dos degraus se estendem em planos nos quais podemos descansar. O banheiro com suas águas termais é o único espaço fechado: entramos em uma caixa dentro da casa, ele se torna um espaço contínuo, envolto por quatro paredes com janelas cuidadosamente posicionadas.
Galeria - As paredes ao nosso redor não são cercas, mas molduras. Estamos em uma galeria. O exterior foi selecionado em fotos vivas. À medida que subimos, uma infinidade de vistas cruzadas redefinem nossa visão e, com elas, as extensões da casa. Um pequeno abrigo que se torna cada vez maior.