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Arquitetos: Atelier Atlantico
- Área: 65 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Federico Cairoli
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma casa recebida como herança de família que precisa se reajustar às novas exigências do proprietário. Uma casa localizada em Santo Tomé, cidade que faz parte do conglomerado de Santa Fe, Argentina.
Encontramos uma modesta tipologia, típica das cidades do interior, resolvida em um quadrado perfeito e compacto, com corredor lateral que leva ao pátio dos fundos, onde há uma área de serviço, lavanderia, ateliê e um portão que separa o jardim ou galinheiro da casa.
A expansão se dá no interstício entre o novo e o antigo, criando um consultório particular para a proprietária nos cômodos antigos.
A operação proposta era agrupar uma série de objetos de diferentes escalas em direção ao pátio que representam um novo limite. Novos objetos que são construídos com tijolos da região, através da construção sucessiva de camadas, como a própria terra.
O tijolo é a regra, sua medida define as dimensões dos objetos, as incisões que são feitas e sua altura, quando é necessário abrir grandes aberturas, o concreto armado aparece como resposta.
Quando o tijolo é liberado da responsabilidade estrutural, por isso, é disposto verticalmente.
Nos encontros com Jorgelina aprendemos algumas histórias da casa da avó que traziam lembranças felizes e que procuramos recuperar e incorporar à casa. Assim surgiu, após a retirada do telhado da cozinha antiga, o pátio interno dentro da casa existente que nos leva a um terraço ladrilhado para pendurar roupas e também a ideia, ainda não especificada, de ter uma pérgula em frente à churrasqueira para comer sob a sombra de uma videira.
A Casa de Jorgelina propõe uma transformação positiva do existente, realçando certos indícios encontrados na preexistência e indagando sobre a memória de quem a habita.