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Arquitetos: Coletivo de Arquitetos
- Área: 350 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Levi Mendes Junior, Rubens Kato
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Fabricantes: Fahrer Design, Marcenaria Taniguchi, Mel Kawahara, Tresuno
Descrição enviada pela equipe de projeto. O restaurante Kotori localizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, foi desenhado ao longo de 2020 e inaugurado em 2021, com projeto de arquitetura do Coletivo de Arquitetos. O resultado é fruto de uma grande imersão no imaginário cultural do Japão, lugar onde o chef Thiago Bañares busca a inspiração para sua gastronomia.
Inúmeras conversas e referências estudadas ao longo do processo, somado a um bom punhado de imagens que o chef havia coletado, aproximaram o escritório do imaginário que os proprietários do restaurante desejavam. No entanto, nenhuma imagem ou referência foi tão determinante para a concepção do restaurante quanto sua própria proposta gastronômica.
O Yakitori, prato principal da casa, é uma técnica japonesa que aproveita diversos cortes do frango servidos em espetinhos de madeira. A tradução dessa maneira de servir seus clientes se tornou a mais importante ferramenta de projeto para a concepção do Kotori.
Através do estudo das amarrações e encaixes japoneses que usam elementos de madeira, o Coletivo de Arquitetos se apoia nesse tradicional raciocínio construtivo oriental para desenhar quase que integralmente o “espaço construído” do salão do restaurante.
Na imersão feita para estudar elementos da cultura japonesa, o escritório foi buscar no trabalho de Issey Miyake a referência para desenhar o barrado do bar e da cozinha, tradução feita através de artefatos pré-fabricados de concreto claramente referenciados no pliçado de tecido que o estilista tanto usa em seu trabalho.
O washi, papel especial feito a partir de fibras dos arbustos Kozo, Gampi e Mitsumata, foi inspiração para o desenho de alguns elementos de fechamento do mobiliário do salão incorporando a ideia de leveza dessa técnica milenar.
Exposta para o salão, a cozinha foi cuidadosamente pensada para absorver todo o processo de concepção do chef. De maneira clara, Thiago sempre enfatizou que desejava ter uma cozinha quadrada com uma ilha central capaz de proporcionar à ele e seus colaboradores uma total visão de todas as praças de trabalho.
Por fim, uma importante área nos fundos do salão e cozinha abrigam depósitos, câmeras refrigeradas e um escritório, ambientes necessários para dar suporte ao funcionamento da casa. Desenhado para desafogar a operação do salão, um único e longo corredor técnico conecta todas essas áreas de suporte do restaurante sem gerar qualquer tipo de interação com o cliente dentro do salão principal.