Casa do Vale / Gabriel Castro (MOBIO) + Marcos Franchini (BIRI)

Curadoria de Susanna Moreira

Arquitetos: BIRI, Gabriel Castro MOBIO
Área: 150 m²
Ano: 2021
Fotografias:Laura Costa
Fabricantes: Allmad, Alox, Olaria do Pedrinho, Roca, Seves Glassblock, TL Estruturas

Descrição enviada pela equipe de projeto. O projeto da Casa do Vale partiu da demanda de um casal de construir uma nova residência em um lote de 360m² localizado no bairro Vale do Sol em Nova Lima, MG.

O desejo dos clientes era ter uma casa aconchegante para passar as noites e os fins de semana, que tivesse um área construída de até 150m², três quartos sendo um deles suíte e área externa para atividades ao ar livre, cultivar jardim e horta, abrigo para cães e galinhas, além de um tanque de água ornamental.

Casa do Vale / Gabriel Castro (MOBIO) + Marcos Franchini (BIRI) - Fotografia de Exterior, Tijolo — © Laura Costa

Após um longo processo de estudos de composição levando em consideração o programa, orientação solar, especificidades do lote e do entorno, e questões financeiras, definiu-se como estratégia projetual uma casa horizontal composta por dois eixos perpendiculares cuja interseção corresponde ao acesso principal e ao espaço de uso comum que articula os espaços mais privados e os de serviços.

As noções de pátio e varanda norteiam a concepção do projeto, de maneira que todos os cômodos são integrados e têm acesso à área externa. A sala de estar integrada à cozinha configura o espaço central da casa, com pé direito maior, fechado para a fachada da rua e aberto para o pátio principal, de forma que a casa é ampliada em dias de eventos familiares ou refeições ao ar livre.

Os quartos também são integrados à área externa, em pátios menores, através do uso de portas de correr ao invés de janelas. Para resguardar a varanda do quarto voltado para a rua, foi criada uma parede vazada com uma paginação de tijolos maciços intercalados.

O terceiro quarto será utilizado inicialmente como um escritório informal, que pode ser posteriormente fechado em um quarto convencional. Tirou-se proveito dessa condição deixando-o sem divisórias e ampliando o espaço de uso comum da residência, que ficou mais generoso, com mais aberturas para ventilação e iluminação natural.

O sistema construtivo definido foi o de lajes em concreto armado e elementos verticais em blocos maciços de tijolo cerâmico, que é permitido pelas medidas dos vãos e apresenta um menor custo. Tendo em vista que o casal também gosta de materiais naturais aparentes, foi definido que os elementos estruturais não teriam qualquer tipo de revestimento. Para os quartos optou-se por alvenaria de bloco pintada.