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Arquitetos: Perkins&Will
- Área: 16701 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Renato Navarro
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Fabricantes: AED Mármores, Light Design, Marcenaria Insight, Penha Vidros, Tensoflex
Descrição enviada pela equipe de projeto. Erguido em 1984, o Condomínio São Luiz é um dos mais icônicos edifícios de São Paulo. Além da arquitetura marcante de Marcello Fragelli, o prédio é conhecido pelas praças internas, com paisagismo assinado pelo mundialmente renomado paisagista Roberto Burle Marx. Reservados aos usuários do condomínio pelas últimas 4 décadas, esses espaços de contemplação foram abertos para o acesso de pedestres, graças a um projeto de renovação, assinado pelo estúdio da Perkins&Will em São Paulo.
O estúdio global de arquitetura e design modernizou o térreo do condomínio, unificando o acesso às torres, realizado anteriormente em duas recepções separadas, na Av. Pres. Juscelino Kubitschek e na R. Leopoldo Couto de Magalhães Jr. “Revisitamos os fluxos e usos dos espaços, principalmente em relação ao térreo, com uma grande praça com paisagismo do Burle Marx, muito bonita e pouco utilizada”, conta o arquiteto Fernando Vidal, Diretor do estúdio em São Paulo. “Unificamos a recepção, criando um hall central, que distribui os fluxos para essas circulações verticais”.
O projeto possibilitou a abertura das praças de Burle Marx para a cidade. “Adicionamos mais acessos de pedestres, criando um conceito de fruição e melhorando a qualidade das infraestruturas já existentes, como restaurante, café, entre outros - que também eram de uso exclusivo dos usuários e visitantes do edifício”, explica Vidal.
A nova recepção consiste em uma caixa de frames metálicos e divisórias em vidro transparente, interferindo o mínimo possível no design original e ajudando a integrar a recepção ao restante do térreo. “A ideia foi pousar a recepção no local, sem interferir no design. "Queríamos complementar e potencializar, não interferir”, afirma Fermando. Todo o projeto foi pensado para preservar também o lindo piso do térreo, também assinado por Burle Marx. A caixa que contém a recepção, por exemplo, é levemente elevada para evitar danos às pedras portuguesas.
A arte de Burle Marx também foi exaltada na vegetação, quando o escritório do paisagista foi convidado para restaurar o projeto original, com espécies da Mata Atlântica, algumas muito raras.
A sutileza e leveza do retrofit permitiram maior eficiência no processo e contribuiram com a transformação desse espaço privado em espaço público, onde todos poderão desfrutar de um local de descanso, contemplação e interação, próximo a importantes áreas públicas, como o Parque do Povo, por exemplo. É um presente para a cidade de São Paulo”, afirma o arquiteto.