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Arquitetos: Barata Arquitectos
- Área: 130 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Frederico Monteiro
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Fabricantes: Area Store, CIN, Daikin, Efapel, Erg, JNF, Knauf, Robbialac, Saint-Gobain, Sika, Tempo Renovado, ZAMAC
Descrição enviada pela equipe de projeto. O exercício a resolver foi o de reabilitar o último piso de um edifício de escritórios para um instituto de aulas de Mandarim. Paralelamente às aulas, foi-nos pedido que fossem também considerados um escritório principal, uma sala de reuniões, uma recepção e uma zona de exposições temporárias.
A situação existente apresentava duas zonas amplas, independentes, de escritórios com dois WC’s cada. Apesar da sua dimensão a área disponível não era suficiente para se resolver todo o programa pretendido. A proposta teria obrigatoriamente que recorrer ao desenho de um espaço que fosse versátil e, simultaneamente, operacional.
Como ponto de partida, a ideia inicial foi a de realizar uma ‘caixa’, (qual pódio, qual rodapé) que resolvesse a questão infraestrutural. Imediatamente sobre essa Caixa assentariam todas as estantes e divisórias necessárias. Assim, permitir-se-ia esconder toda a quantidade de cabos eléctricos e de telecomunicações num volume perimetral sobre o qual assentariam as divisórias e as estantes e onde, entre estas últimas, correriam as portas.
Relativamente à distribuição do programa, o que se propôs foi uma continuidade apoiada numa progressiva versatilidade à medida que se vai percorrendo o espaço disponível. Por conseguinte, a zona de recepção, reuniões e escritório ficariam num topo do edifício e as zonas consideradas mais multivalentes, de aulas e exposições temporárias, no topo oposto. A dividir estes dois núcleos encontra-se uma porta de correr que se esconde entre a estante divisória (estando aberta temos a sensação de um corredor longitudinal de distribuição; estando fechada temos a percepção de dois espaços autónomos).
Na zona que designámos como mais multivalente, e para dar resposta às duas condicionantes do programa que requerem mais área, é desenhada uma ‘parede de fole’ que permitirá variadas possibilidades de utilização do espaço. Concomitantemente, projectou-se uma estante móvel que irá proporcionar, também, usos diversos para a fins diferenciados (e quando não se pretende a sua utilização ela funcionará exacta e unicamente como mais uma estante). Concluindo, para tal intervenção costumamos dizer que apenas foi necessário resolver o espaço com um rodapé e uma porta de fole.