- Área: 1040 m²
- Ano: 2010
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Fotografias:Tassos Abatzis & Silia Rantou, PIOP
Descrição enviada pela equipe de projeto. O museu foi projetado para ser construído na encosta abrupta de uma das colinas profundamente verdejantes que circundam o lago de Stymphalia. O canteiro de obras é delimitado na margem do lago por um corredor de passagem delineado pela densa vegetação arbustiva que liga a rodovia provincial ao mirante no seu topo, de onde se pode apreciar a vista de toda a área de Stymphalia e das montanhas ao redor.
O museu faz referência ao lago e é composto por duas unidades. A primeira contém exposições que se relacionam com as profissões tradicionais da região. A segunda unidade tem como objetivo informar e sensibilizar os visitantes sobre o ambiente e o ecossistema da região e a sua história.
As duas unidades estão dispostas em zonas paralelas em ambos os lados de uma forte parede linear que é posicionada transversalmente ao terreno curvilíneo. O delineamento de um segundo eixo, vertical à parede, define os acessos básicos e separa as instalações comuns das áreas expositivas. A repetição rítmica de parapeitos paralelos dá ao edifício a escala desejada e facilita a criação de subdivisões nos ambientes. Os volumes prismáticos dispersos indicam as diferentes unidades funcionais e aumentam a sensação de reconhecimento do todo.
O pátio central, que gira ligeiramente para os eixos básicos da composição, não está vinculado a eles, mas se destaca do volume e é percebido como parte do ambiente natural. A síntese linear é realçada pela varanda coberta de madeira com vista para o lago, que é a referência fundamental e principal do museu. Neste volume linear, o contraste da chaminé de concreto serve também como um marco.
Como o museu é construído em terreno inclinado, a topografia determina os volumes do edifício. No entanto, este alargamento gradual dos volumes não esconde a edificação; pelo contrário, o volume emerge do solo e manifesta fortemente a sua presença, livre de referências iconográficas e de clichês pitorescos.
Desde a entrada, o percurso dos visitantes ao museu é claro. A primeira unidade consiste em galerias abertas contínuas que percorrem a parede linear de pedra do arranjo espacial do museu. Esses corredores têm grandes aberturas para o lago e dão acesso à varanda, que parece flutuar no vazio.