-
Arquitetos: Gort Scott
- Ano: 2020
-
Fotografias:Rory Gardiner
-
Fabricantes: Aram Contracts, Cantu Bathrooms, Heath Ceramics
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa pedra é uma nova casa no resort canadense de montanha de Whistler, projetada pelo escritório de arquitetura londrino Gort Scott. Enraizado na paisagem, o volume é composto por uma casa principal com seis quartos e uma para hóspedes com dois quartos ambas ligadas por um terraço exterior. Lâminas de concreto sobem do afloramento rochoso, fechando espaços de planta livre entre o concreto denso e uma estrutura de madeira finamente trabalhada acima.
A aspiração arquitetônica para este projeto segue a afirmação de Frank Lloyd Wright de que: "nenhuma casa deve ser construída sobre uma montanha. Casa e montanha devem conviver e serem mutualmente felizes”. A experiência do local antes da construção foi um momento incrível e único para o cliente, como tal, o papel da arquitetura era o de valorizar o cenário natural - revelando suas particularidades. Em vez de dominar a montanha, a arquitetura a destaca deliberadamente; atenta ao impacto visual, a arquitetura chama a atenção dos transeuntes e coloca o alto da rocha no centro do palco. Do exterior ao interior e da estratégia aos detalhes, este volume foi projetado com a experiência humana em mente.
Internamente, a jornada pela casa homenageia a experiência original de mover-se pelo local não construído em direção ao alto da rocha. Entrando pelos níveis de concreto mais baixos, o visitante é conduzido lentamente para cima através de espaços interligados. Ao longo deste percurso, zonas habitacionais distintas são concebidas em torno da vida familiar e posicionadas de acordo com a privacidade, vistas célebres, orientação solar e topografia. Mudanças sutis nos níveis e materiais demarcam essas "zonas" - incluindo uma biblioteca, sala de jantar e cozinha - dentro do espaço de planta livre. A paleta de materiais é deliberadamente refinada, variando sutilmente entre superfícies de concreto polidas e marcadas, permitindo que os padrões de sombra e luz impregnem os espaços interconectados com uma série de ambientes diferentes e envolvam todos os sentidos. A jornada interior culmina em um espaço generoso no pico da rocha, onde vislumbres percebidos através de árvores densas dão lugar a vistas panorâmicas do Lago Alta.
Buscando uma 'expressão arquitetônica de si mesmo', o cliente lançou um concurso de projeto somente para convidados, buscando um design que incorpore: tranquilidade, força, privacidade, respeito pela natureza, realização humana e, crucialmente, uma 'harmonização de contradições'. No início, os arquitetos passaram uma semana observando o local - sua luz, topografia, vistas e condições climáticas extremas - do nascer ao pôr do sol. Esta compreensão profunda do terreno é traduzida na arquitetura que sintetiza elementos contraditórios: exposição e intimidade; abertura e fechamento.
O concreto flui entre as superfícies externas e internas, borrando os limites entre a residência e a paisagem. Internamente, a madeira polida, os tecidos e as lareiras integradas adicionam calor visual e sensorial, garantindo uma sensação de intimidade e isolamento. Os forros internos de madeira são de origem local, especificados por razões de sustentabilidade e para fazer uma referência sutil às árvores de cicuta ocidental do local; convidando ainda mais a paisagem a permear os espaços habitacionais.
Estratégias de energia sustentável e detalhamento de alta qualidade garantem tranquilidade por toda parte. O envoltório é construído de acordo com os padrões Passivhaus e um sistema de painéis de madeira pré-fabricados para os níveis superiores garante a máxima qualidade e desempenho ambiental. As estratégias de controle passivo do clima tratam das variações climáticas extremas sem comprometer a ambição do projeto. Em todas as escalas, desde a base do edifício na paisagem, até as minúcias de marcenaria e acessórios sob medida, a casa celebra a expressão material. Sem sacrificar sua funcionalidade como uma agradável casa de família, o volume transforma o local e demonstra formas inovadoras de conectar arquitetura, paisagem e o indivíduo.