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Arquitetos: Kennedy Nolan Architects
- Área: 1 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Derek Swalwell
Descrição enviada pela equipe de projeto. O ‘Centro de Aprendizagem de Matemática e Ensino Centralizado’ (CL28) é composto por uma série de espaços de aprendizagem formais e informais, localizados no interior de um edifício existente da Universidade de Monash. Os espaços informais deveriam oferecer espaços flexíveis e sociais, que facilitassem o envolvimento dos alunos; locais para incentivar a aprendizagem, a criatividade, a colaboração e o envolvimento com a comunidade e a indústria.
O briefing exigia salas de estudo, que pudessem atender a uma ampla gama de estudantes — introvertidos, extrovertidos, solitários, em grupo, de maneira formal ou relaxada. Nossa abordagem foi utilizar o layout do mobiliário para acomodar os diversos formatos, íntimos ou de convivência, bem como oferecer nichos com acústica adequada e iluminação indireta, como um refúgio dos espaços sociais. Outro requisito importante era entregar um projeto característico para o departamento de matemática, geologia, atmosfera e meio ambiente, mas não tão evidente a ponto de tornar as instalações redundantes, caso fossem necessárias para outro corpo docente ou grupo de alunos. Consequentemente, as referências são codificadas e sutis.
A Monash está empenhada a oferecer instalações para encorajar os alunos a se sentirem seguros e apoiados — com espaços de estudo informais e de transição entre as aulas e, assim, promover uma vida vibrante no campus. Consequentemente, nosso projeto visa um espaço aconchegante e, dentro das diretrizes estritas da Monash sobre desempenho e durabilidade, um senso de domesticidade como uma trégua institucional. Desta forma, utilizamos a madeira para oferecer textura e calor, e móveis estofados para uma sensação de aconchego e familiaridade. O projeto obteve um efeito mais amplo no campus — radicalmente abrindo as paredes anteriormente desocupadas da universidade, e apresentando um espaço aconchegante e reconfortante em um local de acesso para o campus, a partir do estacionamento principal. Além disso, o projeto atinge uma forte e importante conexão com a paisagem adjacente, e com a comunidade universitária mais ampla, tanto física quanto visualmente.
A nova expressão projetual é sensível ao modernismo austero e funcional do edifício existente — com um planejamento racional, geometria cartesiana, um único material e uma paleta de cores limitada. Esta abordagem de projeto foi resultado de uma leitura atenta dos grupos de usuários, com elementos que são familiares e envolventes, mas não tão óbvios a ponto de alienar outros usuários. Exemplos dessa abordagem incluem as novas fachadas envidraçadas, que incorporam a geometria lúdica dos montantes, símbolos matemáticos, e um portal de entrada que deriva do símbolo Pi. O uso de um grid quadriculado nos vidros internos e quadros brancos suaviza a aparência, e também fornece uma ferramenta útil para cálculos, enquanto o esquema de cores faz referência ao papel quadriculado usado pelos alunos do setor.