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Arquitetos: MAAN Architecture Group
- Área: 385 m²
- Ano: 2018
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Fotografias:Hamid Touri Karami - Hamed Touri Karami
Descrição enviada pela equipe de projeto. A Casa Ayenevarzan é a residência permanente de um jovem casal, com uma formação cultural e artística particular, que se diferencia do contexto social do bairro, onde o projeto está inserido. Inicialmente, essa diferença cultural, e os desejos, e expectativas do cliente impulsionaram o projeto para um design introvertido; um projeto que não considera um edifício como uma entidade separada.
O projeto gira em torno do aproveitamento máximo da luz solar e das vistas panorâmicas da Serra do Alborz, bem como de todas as outras potencialidades que nos atraem da vida urbana para o meio rural. O terreno está localizado na periferia da cidade, o ponto mais distante onde as construções são permitidas. O local exigia uma abordagem que pudesse criar uma sensação de segurança para os habitantes.
Com base nas medições do local, definimos três camadas funcionais para os espaços internos da casa. Dois eixos em cada lado do edifício criaram uma camada inferior com janelas, claraboias e circulações. Esta estratégia minimizou a visibilidade do interior desde o exterior, e maximizou a exposição à luz do dia e as vistas para a paisagem circundante. O papel desses dois eixos vai além de fornecer luz natural e vista. Horizontalmente, eles foram definidos entre às três camadas funcionais do projeto. A transparência é a principal característica desses eixos, que tornam todo o edifício observável e seguro.
A interseção desses eixos e espaços internos deu forma a vazios verticais, que conectam vários pavimentos visualmente e, como resultado, aumentam a sensação de segurança e controle. Além dessa conexão visual (vertical e horizontal), os habitantes podem cruzar facilmente esses eixos e se mover entre as camadas funcionais. Vários elementos tornam isso possível em diferentes pavimentos e setores:
- As aberturas de vidro entre os espaços internos do térreo permitem o acesso à sala de refeições, da recepção à cozinha e vice-versa.
- No primeiro pavimento, as passarelas que conectam a varanda à biblioteca e à sala, assim como a sala ao quarto e a escada, desempenham um papel semelhante. Conectando o interior com o exterior, esses espaços de transição vinculam diferentes funções.
- A escada localizada no eixo de entrada permite a movimentação entre os setores verticais. Além de facilitar também o acesso do escritório do pavimento superior, sem comprometer a privacidade dos moradores.
Duas varandas, em dois pavimentos e em duas fachadas diferentes, representam os dois acessos. A escada central leva a uma das sacadas no último pavimento, fechada em três lados e com uma vista espetacular apenas para os campos de Absard, e não para a área circundante. O local é um espaço de convivência para confraternização e realização de festas. Por outro lado, a varanda do primeiro pavimento pode ser alcançada após a passagem pela sala de estar e pela biblioteca. Proporcionando uma ligação visual aos demais pavimentos, sendo coberta por um bloco na fachada poente e podendo ser utilizada como um prolongamento da biblioteca.